A nadadora Viviane Jungblut – Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA
Os esportes aquáticos estão em destaque no ano de 2017 entre todas as modalidades olímpicas do país. Na natação foram conquistadas cinco medalhas no Campeonato Mundial de Budapeste, com destaque para o ouro inédito de Etiene Medeiros para a natação feminina nos 50m costas e a fantástica performance do revezamento 4x100m livre que levou a prata. Nas águas abertas Ana Marcela Cunha sagrou-se tricampeã mundial nos 25 km e terminou a temporada da Copa do Mundo com o vice-campeonato, mesma posição de Allan do Carmo.
E esse destaque pode ser visto no Programa Solidariedade Olímpica do Comitê Olímpico Internacional. O projeto, que visa ajudar no desenvolvimento de jovens promessas e dará um suporte financeiro aos mesmos, selecionou através de indicações do Comitê Olímpico do Brasil 12 jovens atletas. E os esportes aquáticos são quem mais teve indicações ao programa com três nomes: Viviane Jungblut (águas abertas), Guilherme Costa (natação) e Isaac Costa Filho (saltos ornamentais).
Principal revelação das águas abertas em 2017, Viviane Jungblut teve uma excelente temporada. Em maio, durante a seletiva para o Mundial em Foz do Iguaçu, derrotou Poliana Okimoto nos 10 km e conseguiu vaga na equipe que foi a Budapeste onde terminou na 13ª colocação. Na Copa do Mundo nadou cinco etapas do circuito teve ótimos resultados somando três pódios nas etapas de Setúbal, Lac St. Jean e Chun’An fechando a temporada na quarta colocação geral.
Nas piscinas Guilherme Costa foi um dos destaques desse ano. O Cachorrão, como é chamada pelos amigos, mostrou uma grande evolução em sua prova preferida, os 1500m livre. Bateu duas vezes este ano o recorde sul-americano na prova na piscina da Unisanta ao nadar para 15min05s23 no Torneio Regional e para 15min02s18 no Campeonato Paulita. Muitos acreditam que é questão de tempo para que ele se torna o primeiro brasileiro a nadar a distância abaixo dos 15 minutos.
Por fim, Isaac Costa Filho teve bom desempenho nos saltos ornamentais em 2017, sendo campeão na Plataforma de 10m no Troféu Brasil e na etapa de Bolzano do Grand Prix da Fina, principal circuito internacional da modalidade. Também esteve no Mundial de Budapeste, mas não passou das eliminatórias. Os outros atletas selecionados ao projeto do COI são Jéssica Pereira e Beatriz de Souza (judô), Thais Fidelis e Bernardo Actos (ginástica artística), Bruna Takahashi (tênis de mesa), Edival Marques (taekwondo), Marcelo Costa Filho (tiro com arco), Beatriz Ferreira (boxe) e Paulo Camilo (atletismo).
Mesmo o COB estando suspenso pelo COI, devido aos casos de corrupção envolvendo a entidade e o ex-presidente Carlos Arthur Nuzman, os programas de apoio e os atletas não serão afetados pela suspensão. O Programa Solidariedade Olímpica concederá bolsas aos 12 jovens até agosto de 2020 ou até quando eles tiverem chances de conseguir se classificar para os Jogos de Tóquio. A intenção é justamente auxiliá-lo ao longo do ciclo olímpico
Por Guilherme Freitas