Esta semana dois nadadores consagrados em seus países e também medalhistas olímpicos, foram parar nas páginas policiais de jornais e canais de TV. Na Austrália, o vice-campeão olímpico Scott Miller foi preso na última segunda-feira acusado de tráfico de drogas. Já nos Estados Unidos, o cinco vezes medalhista olímpico Klete Keller corre o risco de pegar 30 anos de prisão devido a invasão ao Capitólio em janeiro.
Medalhista de prata nos 100m borboleta e com o revezamento 4x100m medley da Austrália, Miller foi um nadador de relevância na década de 1990 tendo sido campeão dos 100m borboleta na Praia de Copacabana no Mundial do Rio-1995. Porém, problemas disciplinares e com uso de drogas surgiram ainda quando nadava. Em 1998 foi suspenso por dois meses pela FINA ao testar positivo para maconha. Após encerrar a carreira ele foi detido pela polícia por posse de arma não autorizada e investigado por tráfico de pílulas e remédios controlados.

Desta vez Miller foi preso portando quatro quilos da droga Methylamphetamina, um forte estimulante conhecido como cristal. A droga estava escondida em um carregamento de oito velas, cada uma com 500 gramas da droga. Segundo a polícia australiana a quadrilha da qual Miller faz parte movimentou milhões de dólares em tráfico de drogas e a prisão do ex-nadador foi destaque em vários canais de TV no país.
Já Keller foi notícia em todo mundo após ser flagrado como um dos invasores do Capitólio, o prédio do Congresso americano, em 6 de janeiro de 2021. Neste dia centenas de manifestantes de extrema-direita e apoiadores do ex-presidente Donald Trump entraram no prédio a força durante a certificação dos votos que elegeram o atual presidente Joe Biden.

Dono de cinco medalhas olímpicas nos Jogos de Sydney-2000, Atenas-2004 e Pequim-2008, Keller foi reconhecido por imagens após estar sem máscara e vestindo um agasalho da equipe olímpica dos Estados Unidos. O ex-nadador afirmou estar arrependido da atitude, mas irá responder por sete crimes federais que vão desde desordem civil a invasão de prédio oficial e podem lhe render até 30 anos de prisão.