Girar os braços dentro d’água, bater as pernas e subir a cabeça para respirar é apenas um método de sobrevivência que, com os anos e evolução humana, tornou-se esporte. Mas será que conhecemos a história dessa modalidade, que tornou-se olímpica na primeira edição dos Jogos na modernidade, em 1896?
A SWIM CHANNEL escolheu algumas histórias marcantes do trajeto da tão querida prática aquática, que distribuirá 96 medalhas olímpicas no Rio-2016. Confira:
– Antes de ser considerada modalidade esportiva, a natação era considerada um pré-requisito na formação de jovens e soldados gregos da Antiguidade, como questão de saúde e aprimoramento da forma física.
– A primeira competição de natação oficial de que se tem registro aconteceu na Austrália, em 1858, embora os estilos tenham sido fixados e aprimorados nas terras britânicas. Uma década depois, a Inglaterra promoveu seu primeiro campeonato nacional, seguida pelos Estados Unidos.
– A primeira edição da Era Moderna dos Jogos Olímpicos, em 1896, em Atenas, contou com provas aquáticas, porém no mar. Os atletas disputaram na ocasião os 100m, 500m e 1200m livre. Nos registros, o primeiro campeão olímpico da modalidade foi o húngaro Alfred Hajo, ouro nos 100m livre.
– Olimpíadas em piscina, só na 12 anos depois, nos Jogos Olímpicos de Londres, em 1908. O país tinha seis piscinas na época, algo raro pelo mundo.
– As mulheres participaram pela primeira vez apenas na edição seguindo, em Estocolmo, na Suécia – mas ganharam direito de disputar os Jogos antes na piscina do que nas quadras do Atletismo (1928). Na edição sueca, a natação feminina teve apenas uma prova: 100m livre, vencida por uma australiana, Sarah Fanny Durack. Na época ela detinha o recorde mundial em 1m19s80 na prova, e treinava, em média, 800m por dia.
– A prova dos 100m livre foi uma das únicas que prevaleceu por todas as edições olímpicas entre as mulheres, com 23 disputas no total. O mesmo para o revezamento 4x100m livre. Entre os homens, a prova clássica da natação só ficou fora de uma das 26 edições dos Jogos: em 1900.
– Outras provas que participaram diversas vezes do calendário olímpico são as mais longas: 400m e 1500m, em 25 edições. Em algumas ocasiões, foram disputadas provas em jardas, além de 400m peito, 200m com obstáculos e mergulho em profundidade. Em 1968, todas as provas atuais entraram em cena na natação, com exceção dos 50m livre, que só se fixou depois de 1988, e dos 10km, no programa dos Jogos desde 2008, em Pequim.
– Antes de se tornar um renomado ator norte-americano, Johnny Weissmuller colocou seu nome na história da natação ao se tornar o primeiro homem a nadar abaixo de 1 minuto nos 100m livre: 57s4, novo recorde mundial que durou 10 anos. na sequência, conquistou cinco ouros e um bronze nos Jogos de Paris-1924 e Amsterdã-1928. Tudo isso poderia bastar para a fama e carreira de uma pessoa, mas Johnny ganhou as telas de cinema, que o consagraram por interpretar Tarzan em 1932.
– Nos Jogos de Los Angeles-1984, Nancy Hogshead e Carrie Steinseifer, ambas americanas, bateram juntas na chegada dos 100m livre e conquistaram um inédito ouro duplo.
– Em Sydney-2000, Eric Moussambani, da Guiné Equatorial, encantou e empolgou o mundo ao disputar os 100m livre de forma prosaica e com dificuldades, 6 meses após aprender a nadar.
– Em 1972, Mark Spitz, dos EUA, ganhou sete medalhas de ouro, tornando-se o maior campeão em uma mesma edição dos Jogos, até que surgiu um outro fenômeno mundial. Michael Phelps, Pequim-2008. Dispensa apresentação (mas pode se dar ao trabalho de conferir se as oito douradas figuram em seu pescoço nas capas das revistas e jornais).
– Phelps, inclusive, é o maior atleta olímpico da história de absolutamente todos os esportes integrantes dos Jogos. De Atenas-2004 a Londres-2012, o americano ganhou 22 medalhas, sendo 18 de ouro.
– Atrás de Phelps, a atleta mais premiada da natação é Jenny Thompson, com 12 medalhas olímpicas, sendo oito de ouro. Melhor que qualquer outra atleta nos Jogos, mas sem ter uma única vitória individual. Todas as vezes em que subiu ao lugar mais alto do pódio, teve ao seu lado suas três companheiras de revezamentos. Uma grande frustração na brilhante carreira da americana, que levou prata em 1992 e bronze em 2000, ambas nos 100m livre.
– Em todas as edições dos Jogos, os Estados Unidos faturaram cerca de um terço das medalhas em disputa. Foram 1570 premiações distribuídas, com 520 para os norte-americanos (230 de ouro). A Austrália, logo na sequência, tem 178. O Brasil somou 13 em sua história, com apenas uma de ouro.
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Por Mayra Siqueira