Tenho um carinho muito especial por Santo Condorelli. Sou amigo do seu pai, Joe Condorelli, e acompanho a carreira de Santo por anos. Um garoto talentoso, nascido no Japão, criado nos Estados Unidos. Pelo pai, ganhou a cidadania italiana, pela mãe a cidadania canadense e se naturalizou americano.
Depois de brilhar na natação de base de Oregon, foi destaque na Bolles School na Flórida. Teve destaque na University of Southern Califórnia com bons resultados no NCAA.
Optou pela cidadania esportiva canadense e foi aos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Foi finalista dos 100m nado livre, passou na frente (muito na frente), terminou em quarto lugar. Não gostou do tipo de atenção e tratamento que teve da Federação Canadense, decidiu mudar para a Itália.
Treinou com Cláudio Rossetto, um dos melhores treinadores de velocidade da Europa, pegou o time italiano para Tóquio, não passou das eliminatórias nas provas individuais, mas ajudou o revezamento 4x100m livre nas eliminatórias. A equipe ganhou a prata.
Depois de Tóquio, um longo “break” e nova mudança. Agora, decidiu ser “americano” e sabendo de todas as dificuldades experimentou diferentes programas. Chegou a treinar com Felipe Domingues no Brasil, mas optou por Ozzie Quevedo, técnico da SMU, Southern Methodist University.
Santo é engraçado, diferente e uma personalidade incrível. Não duvido de nada do que ele possa vir a fazer e não será surpresa vê-lo no Team USA em Paris.
Entrevista dada ao site SwimSwam no TYR Pro Swim Series.