Na próxima semana tem início mais um Campeonato Mundial Júnior de Natação. A cidade israelense de Netanya será palco da 9ª edição da competição que vai reunir pouco mais de 600 atletas de mais de 100 países. Como um aquecimento para a competição, a partir de hoje a SWIM CHANNEL vai apresentar aqui uma minisérie especial de cinco textos. Hoje trazemos um breve histórico do torneio.
O Campeonato Mundial Júnior foi disputado pela primeira vez em 2006 e teve a cidade do Rio de Janeiro como palco da edição inaugural. O evento teve o Brasil, principalmente o ex-presidente da CBDA Coaracy Nunes Filho, como um dos maiores entusiastas pela criação do evento que seria uma espécie de espaço para apresentar ao mundo jovens talentos, além de expandir a modalidade globalmente já que outras modalidades como atletismo e judô já contavam com campeonatos de categoria júnior.
A ideia deu certo, o Mundial na piscina do Julio De Lamare foi um sucesso e a World Aquatics passou a realizar o campeonato periodicamente. Após a edição inicial no Rio de Janeiro ocorreram outras sete edições: Monterrey-2008, Lima-2011, Dubai-2013, Cingapura-2015, Indianápolis-2017, Budapeste-2019 e Lima-2022. Na edição inicial, a Austrália se recusou a participar do evento acreditando que ele não seria proveitoso e os Estados Unidos enviaram apenas oito nadadores. Na edição seguinte ambos já estavam presentes com time completo.
Desde então, o torneio passou a revelar grandes nomes da modalidade que se tornariam campeões nos anos seguintes em competições absolutas como Campeonatos Mundiais de Esportes Aquáticos e Jogos Olímpicos. Entre esses atletas podemos citar os americanos Caeleb Dressel, Michael Andrew e Regan Smith, os australianos Mack Horton e Lani Pallister, a espanhola Mireia Belmonte, o italiano Nicolo Martinenghi, a canadense Penny Oleksiak, o húngaro Kristof Milak, o japonês Kosuke Hagino, entre outros.
A partir da edição de Cingapura em 2015, com a adição dos recordes mundiais júniors pela World Aquatics no ano anterior, o evento também passou a ter constantes quebras de recordes mundiais de categoria. Na edição passada em Lima, apenas uma marca mundial júnior foi estabelecida: nos 50m borboleta com o português Diogo Ribeiro, que faturou três medalhas de ouro na competição.
Amanhã apresentaremos a segunda parte dessa miniséries de textos pré-Mundial Júnior trazendo um retrospecto da participação do Brasil na competição. Também iremos trazer neste série detalhes da lista de recordistas da competição, a história das piscinas que sediaram o evento e algumas curiosidades. Até lá.