O americano Caeleb Dressel e o australiano Kyle Chalmers são dois dos grandes nomes da prova de 100m livre atualmente. Chalmers é o atual campeão olímpico da prova e Dressel é o atual bicampeão mundial da prova. Em Tóquio eles prometem uma grande batalha nos próximos Jogos Olímpicos na prova nobre da natação.
A grande novidade é a possibilidade de Chalmers nadar os 100m borboleta nos próximos Jogos segundo o site Swim Swam. E nesta prova, Dressel também é o atual campeão e recordista mundial. O australiano disse à agência de notícias Reuters que está tentando adicionar a prova em seu programa olímpico para o próximo ano, principalmente pelo fato do adiamento dos Jogos por conta da pandemia do COVID-19. Em março ele nadou a distância em 51s37 e venceu a final no New South Wales Open Championship.
“Treinei muito borboleta no início da temporada apenas para recuperar minha forma rapidamente. Competi em Sydney com a barba por fazer e mesmo assim nadei muito bem. Eu meio que me choquei com isso”, disse o jovem nadador de 21 anos.
“O borboleta sempre foi meu estilo de crescimento e meio que desapareceu à medida que eu me tornei melhor no estilo livre. Estou trabalhando duro agora e quero poder fazer isso no próximo grande evento (no caso as Olimpíadas de Tóquio)”, completou.
Dressel é o detentor do recorde mundial da prova com 49s50, estabelecidos no Campeonato Mundial de Gwangju ano passado. E foi uma marca e tanto, já que ele bateu um dos recordes mais fortes que seu compatriota Michael Phelps havia estabelecido. A antiga marca de Phelps era de 49s82 na final da prova no Campeonato Mundial de Roma-2009.
Desde que bateu a marca mundial, Dressel nadou para 52s90 em um evento na Flórida em fevereiro e para 50s92 na etapa de Des Moines do TYR Pro Swim Series em março. O tempo dessa última prova está no topo do ranking mundial da temporada segundo a FINA e é o único sub-51 segundos deste ano. Já a marca de Chalmers aparece na terceira posição do ranking mundial este ano.
É importante relembrar que Chalmers já passou por três cirurgias no coração para corrigir uma taquicardia supraventricular, que é quando há um acelerado batimento cardíaco. Mesmo após os procedimentos cirúrgicos, Chalmers voltou a nadar bem e ano passado conquistou quatro medalhas no Mundial de Gwangju.
Se Chalmers conquistar a vaga australiana para nadar os 100m borboleta em Tóquio ele terá uma agenda cheia. Em um mesmo dia poderá ter que nadar a final dos 100m livre pela manhã e a noite as eliminatórias dos 100m borboleta. No dia seguinte teria a semifinal dos 100m borboleta e a noite as eliminatórias dos 50m livre. E no terceiro dia a final dos 100m borboleta e a semifinal dos 50m livre. Isso sem contar os revezamentos que ele irá nadar.
“Isso vai significar uma agenda lotada, mas os grandes nomes do esporte conseguiram fazer uma programação lotada e eu sei que posso fazer duas provas por dia”, completa.
Já sobre a pressão pelo resultado, ele comenta: “Estou ansioso para ter os olhos voltados para mim. É algo que eu sempre quis, sempre quis ser um atleta de elite e isso faz parte do que vem com isso. Ter meu país me assistindo e me apoiando e sabendo que se eu sou capaz de vencer, é algo que um australiano nunca fez”, disse.