As arquibancadas do Estádio Nacional estavam lotadas nesta segunda-feira. A principal razão se deve ao fato de Michael Phelps ter caído na água para nadar as eliminatórias dos 200m borboleta. Além de fãs, o supercampeão arrastou uma multidão de jornalistas que queriam ouvir suas palavras na zona mista destinada a imprensa. Porém, quem veio ao Estádio Olímpico também viu uma performance histórica da natação feminina brasileira.
Nadando lado a lado na última série eliminatória as brasileiras Manuella Lyrio e Larissa Oliveira buscavam um feito inédito do país: uma classificação para a semifinal. Até então o melhor desempenho havia sido com Mariana Brochado em Atenas-2004 quando ela foi a 23ª colocada com 2min02s91.
No guia olímpico da SWIM CHANNEL, disponível em nossa loja virtual aqui, o redator Daniel Takata já alertava que ambas precisavam nadar abaixo do recorde sul-americano para avançarem. E foi justamente isso que aconteceu, mas apenas com Manuella.
Uma prova intensa do início ao fim, arriscando tudo. Assim podemos definir os 200m livre da nadadora que terminou sua série em quarto lugar, a frente da holandesa Femke Heemskerk e com um novo recorde sul-americano estabelecido: 1min57s28. Um tempo que lhe deu o 14º posto geral e vaga na semifinal de logo mais.
Larissa não foi bem. Após uma participação discreta no revezamento 4x100m livre, ela piorou muito em relação a seu antigo recorde sul-americano ao nadar para 2min00s76, que lhe deixou apenas em 35º lugar no geral. Uma atuação ruim e que preocupa a performance do revezamento 4x200m livre que sonha com uma final quarta-feira.
Ao se tornar a primeira mulher brasileira a disputar uma semifinal dos 200m livre Manuella sabe que precisa novamente melhorar para entrar numa sonhada final. A missão é complicada, mas quem sabe ela não volta a se superar. Logo mais saberemos o final dessa história.
A equipe Swim Channel na cobertura dos Jogos Rio 2016 é patrocinada pela Mormaii, a maior marca de esportes aquáticos do Brasil
Por Guilherme Freitas