Daniel Dias com medalhas de Londres-2012 – Foto: Buda Mendes/CPB
Faltam exatos sete dias para o início dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. A competição tem início no próximo dia 7 de setembro com encerramento programado para o dia 18 de setembro. Serão ao todo 4,5 mil paratletas de 23 modalidades e 176 países, com exceção da Rússia que foi suspensa pelo Comitê Internacional Paralímpico (leia mais aqui). Na natação, um dos esportes mais populares dos Jogos, a previsão é que Estados Unidos, China, Ucrânia, Austrália e Brasil despontam como os favoritos a ganhar as principais medalhas.
Desde Atenas-2004 a natação brasileira vem conquistando resultados expressivos em Jogos Paralímpicos. Naquele ano brilhou a estrela de Clodoaldo Silva na categoria S4, que conquistou sete medalhas na competição e ganhou o apelido de “Michael Phelps paralímpico” pela bela campanha. Quatro anos depois quem brilhou foi a dupla Daniel Dias e André Brasil, que conquistaram respectivamente nove e cinco medalhas. Ambos também somaram mais pódios paralímpicos em Londres-2012 e chegam ao Rio como maiores destaques da maior delegação da história do país.
Na piscina do Estádio Aquático Olímpico estarão em ação 35 nadadores brasileiros. Duas vezes vencedor do Prêmio Laureus como melhor atleta paralímpico do mundo, Daniel Dias terá um programa extenso no Rio-2016 onde nadará nove provas e busca ampliar sua vasta coleção de medalhas. Até o momento já são 15, que faz dele o paratleta brasileiro mais vitorioso da história. O nadador, que compete na categoria S5, tem como inspiração justamente Clodoaldo Silva.
André Brasil é outro multimedalhista paralímpico. Ele já foi ao pódio dez vezes na categoria S10 e no Rio nadará oito provas, com destaque para os 50m e 100m livre e os 100m borboleta onde busca um tricampeonato. Esta semana ele revelou que o Rio-2016 poderá ser a última Paralímpiada de sua carreira onde disputará medalhas e que esta motivado por causa do filho Leonardo de três anos, que irá assisti-los das arquibancadas.
Outros três medalhistas brasileiros em Londres-2012 também estarão em ação no Rio de Janeiro. Phelipe Andrews Rodrigues, prata nos 100m livre S10, disputará três provas no Rio-2016. Na natação feminina Edenia Garcia e Joana Maria Silva tentarão voltar ao pódio paralímpico. Edenia, prata nos 50m costas S4, vai nadar duas provas e Joana, bronze nos 50m borboleta S5, esta inscrita para quatro eventos. A equipe também traz veteranos como Clodoaldo Silva e Susana Schnarndorf e renovação através de jovens que participam de suas primeiras Paralímpiadas.
A meta do Comitê Paralímpico Brasileiro é de terminar os Jogos entre os cinco maiores medalhistas no quadro geral, superando as campanhas de Pequim-2008 (nono colocado) e Londres-2012 (sétimo). Hoje o Brasil é uma potência no esporte paralímpico e conta com um dos mais modernos centros de treinamento do mundo. A natação brasileira provavelmente dará muitas medalhas ao país. Vale lembrar que em Pequim conseguiu o maior número de medalhas (19) e em Londres o maior número de ouros (9) e busca manter o crescimento em pódios que vem desde conquistando desde Atenas, uma meta possível e dentro da realidade.
Por Guilherme Freitas