Hoje, 8 de março, é o Dia Internacional da Mulher. Para celebrar esta data tão importante, recordamos aqui através de uma linha do tempo alguns feitos da natação feminina brasileira ao longo da história. Confira abaixo esses momentos
1932
A primeira participação feminina do Brasil em Jogos Olímpicos aconteceu nas piscinas. A jovem Maria Lenk, com 17 anos, foi a única mulher na delegação do país em Los Angeles. Maria nadou três provas chegando a semifinal nos 200m peito.
1936
A primeira final olímpica da natação brasileira feminina aconteceu nos Jogos de Berlim. A responsável pelo feito foi Piedade Coutinho, que terminou em quinto lugar nos 400m livre ficando a pouco mais de seis segundos da medalha de bronze.
1939
É o ano dos primeiros recordes mundiais da natação feminina. No auge de sua forma física e técnica, Maria Lenk estabeleceu a marca nos 200m peito e na extinta prova de 400m peito. O cancelamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio-1940, devido a II Guerra Mundial, tirou a chance de Maria tentar ser a primeira mulher medalhista olímpica do país.
1951
Na primeira edição dos Jogos Pan-Americanos em Buenos Aires, tivemos também as primeiras medalhas da natação feminina na competição. Piedade Coutinho levou o bronze nos 400m livre e ao lado de Talita Rodrigues, Idamis Busin e Ana Lucia Santa Rita com o revezamento 4x100m livre.
1972
Pela primeira vez desde a edição olímpica de Helsique-1952, o Brasil volta a ter nadadoras em sua delegação. O trio Lucy Burle, Maria Isabel Guerra e Cristina Teixeira disputa os Jogos de Munique, mas nenhuma delas consegue passar das eliminatórias.
1973
No primeiro Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos em Belgrado, o Brasil disputa a competição com oito nadadoras: Lucy Burle, Jaqueline Mross, Maria Elisa Guimarães, Rosemary Ribeiro, Valeria Fernandes, Cristina Bassani, S. Mendonça e Maria Isabel Guerra. As mulheres bateram quatro recordes sul-americanos ao longo da competição.
1996
Nos Jogos Olímpicos de Atlanta o Brasil envia apenas uma nadadora para a competição: Gabrielle Rose, que atinge a final B dos 100m borboleta superando o recorde sul-americanos nas eliminatórias e terminando na 14ª colocação geral.
2001
Primeira final da natação feminina do Brasil em Mundiais de Esportes Aquáticos com Nayara Ribeiro, na época com apenas 17 anos, nos 1500m livre. Nayara bateu o recorde sul-americano de Patricia Amorim e terminou a final em oitavo lugar.
2004
As mulheres conquistam três finais nos Jogos Olímpicos de Atenas. Joanna Maranhão tem o melhor desempenho com um quinto lugar nos 400m medley. Ela também integrou o revezamento 4x200m livre ao lado de Paula Baracho, Monique Ferreira e Mariana Brochado que foi sétimo. Flavia Delaroli ainda terminou os 50m livre na oitava colocação.
2006
Poliana Okimoto começa a escrever sua trajetória nas águas abertas com duas medalhas de prata no Mundial da modalidade nos 5 km e 10 km. Na prova dos 10 km ela teve o tímpano rompido após um choque logo no começo da prova e seguiu em frente para o inédito pódio.
2007
Na primeira edição das águas abertas nos Jogos Pan-Americanos, Poliana Okimoto levou a prata nos 10 km em plena Praia de Copacabana. Ana Marcela Cunha também nadou a prova terminando em sétimo lugar. Nas piscinas foi a melhor participação feminina até então com sete pódios.
2009
Primeira medalha feminina em Campeonatos Mundiais de Esportes Aquáticos da FINA, com Poliana Okimoto na prova de 5 km em Roma. Essa medalha foi a primeira do país naquele Mundial e encerrou um jejum de 15 anos do Brasil sem ir ao pódio em Mundiais.
2011
Ana Marcela Cunha conquista a primeira medalha de ouro da natação feminina em Mundiais de Esportes Aquáticos. A brasileira venceu a prova dos 25 km dando a volta por cima dias depois de não conseguir se classificar para os Jogos Olímpicos de Londres.
2013
A melhor participação feminina do Brasil em Mundiais de Esportes Aquáticos com Poliana Okimoto vencendo os 10 km e sendo vice nos 5 km e bronze na prova por equipes, já Ana Marcela foi vice nos 10 km e terceira nos 5 km. Poliana é eleita no fim do ano como a melhor nadadora de águas abertas do mundo pela FINA e a melhor atleta brasileira de todos os esportes no Prêmio Brasil Olímpico do COB.
2014
Etiene Medeiros faz história no Mundial de piscina curta de Doha ao vencer com recorde mundial os 50m costas. A marca da brasileira vigorou por seis anos e ela ainda ganhou medalhas com o revezamento 4x50m livre e 4x50m medley misto, ao lado de Larissa Oliveira. Daiane Becker e Alessandra Marchioro foram reservas respectivamente no 4x50m medley e 4x50m livre e também ganharam medalhas.
2015
Primeira medalha de ouro feminina em Jogos Pan-Americanos com Etiene Medeiros vencendo os 100m costas e batendo o recorde sul-americano rompendo a casa do minuto pela primeira vez. O Brasil tem uma ótima participação com os revezamentos ganhando três medalhas e batendo dois recordes sul-americanos no 4x100m e 4x200m livre.
2016
Após 84 anos a natação feminina finalmente vai ao pódio olímpico com Poliana Okimoto conquistando o bronze em uma chegada dramática dos 10 km. Festa em plena Praia de Copacabana coroando uma vitoriosa carreira. Nas piscinas Etiene Medeiros chega a sua primeira final olímpica chegando em oitavo nos 50m costas.
2017
Etiene Medeiros é campeã mundial nos 50m costas em piscina longa, unificando seus títulos mundiais. Nas águas abertas Ana Marcela Cunha vai ao pódio em todas as provas individuais com destaque para seu título nos 25 km.
2018
As brasileiras conquistam pela primeira vez duas medalhas em provas individuais no Mundial de piscina curta. Em Hangzhou Etiene Medeiros é bronze nos 50m livre e Daiane Dias também leva o bronze nos 100m borboleta, ambas batendo o recorde sul-americano.
2019
Ana Marcela tem mais uma excelente temporada tornando-se a maior medalhista em provas de águas abertas no Campeonato Mundial da FINA com 11 pódios ao todo e ganhando a medalha de ouro na maratona aquática nos Jogos Pan-Americanos de Lima.