Três vezes campeã pan-americana, duas vezes campeã mundial júnior, recordista sul-americana, Delfina Pignatiello anunciou o fim da sua vitoriosa carreira de nadadora com apenas 22 anos de idade através de sua conta de Instagram. A argentina já estava sem nadar desde a sua participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio no ano passado, faltava a oficialização que veio através das suas redes sociais.
Veja a mensagem publicada pela nadadora:
En mi corazón quedará para siempre el orgullo, la alegría y el honor de haber representado nuestra celeste y blanca estos años con tanta pasión. Ahora quisiera contarles que hace unos meses tome la decisión de hacer un paso al costado del alto rendimiento y la competencia. El deporte forma parte de mi vida desde otro lado, sigo nadando y estar en el agua seguirá siendo siempre mi lugar en el mundo. Me compré una cámara de fotos y emprendí un camino artístico el cual estoy explorando con mucha curiosidad, ganas de aprender y seguir creciendo. Me hace muy feliz y me hizo soñar devuelta.
Gracias a quienes me acompañaron hasta aquí y quienes elijan seguir haciéndolo.
Siempre los alenté a perseguir sus sueños. Hoy agrego: anímense también a patear tableros y arrancar un nuevo juego! Elijan siempre su camino de corazón, con amor, valentía y dedicación. Ojalá se conviertan en el niñx que siempre quisieron ser.
Delfi

Delfina Pignatiello é natural de San Isidro, uma cidade nos arredores de Buenos Aires. Começou a nadar com a própria mãe mas foi sob o comando do treinador Juan Martin, o Gallego, que alcançou seus melhores resultados. Sua primeira seleção Argentina foi no Sul-Americano Juvenil de 2015 quando foi campeã dos 800m livre. No ano seguinte, a estreia na equipe principal no Mundial de Curta de Windsor, no Canadá.
De 2016 para cá, ela foi absoluta na Argentina em todas as provas de fundo, se aposenta como recordista nacional dos 200m aos 1500m livre.
As conquistas internacionais ganharam nova dimensão nos anos de 2017 a 2019. Primeiro dois títulos Mundiais Júnior nos 400m e 800m livre no Mundial Júnior de Indianápolis de 2017. No ano seguinte, duas pratas nos Jogos Olímpicos da Juventude e culminou com as três medalhas de ouro nos Jogos Pan Americanos de Lima, em 2019. Jamais uma nadadora argentina tinha alcançado tamanho resultado.

Suas conquistas nas piscinas também foram combinadas com uma popularidade gigante no seu país. As redes sociais eram uma de suas paixões que acabaram se transformando em um de seus maiores desafios. Delfina acumula 756 mil seguidores no Instagram, uma das nadadoras com maior número de seguidores do mundo.
Isso também gerou outras oportunidades de reconhecimento. Foi a porta bandeira da Argentina nos Jogos Sul-Americanos da Juventude de 2017 e depois nos Jogos Pan Americanos de 2019.
Foi a primeira nadadora da Argentina a garantir a sua classificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio e fez isso em 2019, em duas provas. Entretanto, Delfina e todos os nadadores argentinos, foram bastante afetados durante a Pandemia. O governo federal determinou uma série de protocolos e exigências, as piscinas foram fechadas e as competições canceladas.

Delfina treinou só, na piscina de casa, faz muitas sessões de preparação física, mas nada capaz de manter o seu bom nível de preparação. Isso ainda ficou ainda mais maculado com os ataques sexistas e de haters que sofreu nas redes sociais. Delfina entrou em depressão, e logo no ano da sua competição mais importante da sua carreira.
Os resultados em Tóquio não foram bons, longe de passar das eliminatórias, e muito distante até de seus melhores tempos. Delfina deixou em Tóquio os seus últimos metros nadados. Desde então, a fotografia entrou na sua vida. É nela que ela pretende se realizar em busca de uma nova carreira.