Foi a segunda melhor campanha da história da Austrália mantendo a sua sequência de liderança e domínio da natação do Commonwealth Games. Foram 65 medalhas, 25 delas de ouro, campanha só superada pelos resultados da edição de 2018, em Gold Coast, quando foram 73 medalhas e 28 ouros.
Competição teve 17 recordes de campeonato e apenas um novo recorde mundial, o revezamento 4x200m livre da Austrália quebrou a barreira do 7min40s para vencer com 7min39s29 superando a marca da China 7min40s33 estabelecida na Olimpíada no ano passado.
Também foi da Austrália a melhor nadadora da competição, Ariarne Titmus, única vencedora de três provas, repetindo a campanha de 2018 ganhando os 200m, 400m e 800m livre. Nas três provas novos recordes de campeonato e os 800m livre foi novo recorde da Oceania e do Commonwealth. Sua marca dos 400m livre é a sétima melhor da história e agora ela tem quatro das Top 10 performances da prova. Para completar sua fantástica participação, Titmus ainda fechou o revezamento de ouro da Austrália do 4x200m livre fazendo o melhor parcial da história com 1min52s82.

Os australianos venceram sete dos oito revezamentos. Só perderam a penúltima prova, o 4x100m medley masculino, onde a Inglaterra liderou a prova de ponta a ponta só sendo ameaçados com um ataque final de Kyle Chalmers que Tom Dean conseguiu resistir.
Maior medalhista olímpica de Tóquio, Emma McKeon também fez história em Birmingham. Ganhou oito medalhas, seis delas de ouro, e na sua terceira participação da história em Commonwealth Games se tornou na maior medalhista não só da Austrália, mas entre todos os esportes. São 20 medalhas, 14 delas de ouro, outro recorde para McKeon. As marcas de oito medalhas sendo seis douradas também são recordes, mas estes igualando Susie O’Neil.
A juventude de Mollie O’Callgham também foi destaque na campanha da Austrália. Aos 18 anos de idade, levou os 100m livre e chegou muito próximo de Ariarne Titmus nos 200m livre terminando com a medalha de prata.

Nas regras do Commonwealth, diferente da Olimpíada e Mundiais, cada país pode colocar até três atletas por prova e os australianos conseguiram “fechar o pódio” cinco vezes: 50m, 100m, 200m e 800m livre feminino e nos 400m livre masculino.
O Commonwealth Games de Birmingham não foi só Austrália, confira alguns destaques das outras equipes:
* Canadá teve na jovem Summer McIntosh seu maior destaque, vencendo as provas de 200m e 400m medley, além de uma prata nos 400m livre, todas com novos recordes nacionais.
* Adam Peaty e sua derrota nos 100m peito, foi a grande surpresa da competição. Peaty se tivesse repetido os 59s02 feitos na semifinal teria vencido a prova, mas sentiu muito a volta e acabou em quarto lugar. Dois dias depois se recuperou conquistando um ouro que nunca havia ganho, a prova dos 50m peito.

* Lewis Clareburt da Nova Zelândia segue numa sequência incrível de melhora e conquistou o bicampeonato dos 400m medley com expressivos 4min08s70, novo recorde de campeonato. Ele ainda foi ouro batendo Chad Le Clos no final dos 200m borboleta e bronze nos 200m medley.
* Na “revanche olímpica” dos 200m livre, desta vez Duncan Scott da Escócia bateu Tom Dean. Os dois voltaram a se enfrentar nos 100m livre onde Dean foi prata e Scott bronze e nos 200m medley onde Scott foi ouro e Dean prata.
* Ben Proud da Inglaterra se sagrou tricampeão do Commonwealth Games em tempo muito próximo ao que lhe deu o ouro no Mundial de Budapeste, 21s36 contra 21s32 feito em junho.

* A África do Sul não foi bem com Chad Le Clos, foi prata nos 200m borboleta, ficou em quarto nos 100m borboleta e nem chegou a final dos 50m borboleta, provas em que havia sido ouro em 2018. Para compensar, a dupla Lara Van Niekerk e Tatjana Schoenmaker dominaram as provas de peito, venceram as três distâncias e acumularam quatro medalhas.
O Commonwealth Games segue com outras modalidades até o dia 8 de agosto, mas em 2026 ele volta para a Austrália, na cidade de Victoria.