Campeão pan-americano e mundial em piscina curta, além de grande rival de Gustavo Borges e Fernando Scherer no fim da década de 1990 e início dos anos 2000, Jose Meloans concedeu uma entrevista recentemente para o site argentino Cadena onde comentou sobre sua carreira nas piscinas e a natação atual de seu país.
Primeiro argentino a baixar dos 50 segundos nos 100m livre, Meolans teve uma carreira vitoriosa, mas também passou por maus momentos. Além de suas quatro medalhas em Mundiais de curta e sete em Pan-Americanos, ele afirmou na entrevista que pensou por muitas vezes em desistir de nadar e que o apoio da família e do treinador foi fundamental para seguir.
“Tive momentos diferentes com a natação. Às vezes perdia a estabilidade e pensava em desistir. Não pelos maus resultados, mas pela saturação do dia a dia ”, comentou. “Vi que meus amigos tinham mais liberdade e me perguntei por que não podia ir jogar bola com eles ou ficar em casa. Mas faz parte da escolha e da convicção do que se quer ”, explicou o nadador que disputou quatro Jogos Olímpicos (Atlanta-1996, Sydney-2000, Atenas-2004 e Pequim-2008).
Na mesma entrevista ele comentou que se divertia mais com outros esportes do que nadando. “Se eu comparar futebol e natação, gosto mais de jogar futebol. Também fui praticar basquete algumas vezes e eles me disseram: ‘continue nadando'”, disse em referência a suas habilidades com a bola laranja. Hoje, ele nada apenas como hobby e tem outra modalidade como paixão: o ciclismo.
Um dos grande momentos de sua carreira foi o título pan-americano nos 100m livre em Santo Domingo-2003, batendo superou os medalhistas olímpicos George Bovell e Gustavo Borges. Com experiência para falar sobre o assunto ele teceu elogios a jovem Delfina Pignatiello que ano passado foi um dos grandes destaques dos Jogos de Lima com três medalhas de ouro nos 400m, 800m e 1500m livre.
“Delfina já é uma grande realidade. Por causa de seus recordes que conquistou e pela sua idade, acredito que há chances concretas de que ele seja uma das finalistas olímpicas nas provas de fundo em Tóquio ano que vem. O interessante é que ele ainda tem um longo caminho a percorrer e pode conquistar muito mais”, finaliza Meolans.
Veja a entrevista completa aqui.