Patrick Callan, apenas 23 anos de idade, anunciou hoje a sua aposentadoria da natação competia. O americano é o 12º nadador do time olímpico dos Jogos de Tóquio a “pendurar os óculos”. Doze é um número muito elevado para o total de 53 nadadores enviados pelos Estados Unidos para a Olimpíada há menos de dois anos.
Callan é natural de Oklahoma e estava na Seleção Americana Absoluta desde o Mundial de Budapeste, em 2017, quando foi prata no 4x200m livre. Em Tóquio, nadou apenas o revezamento 4x200m livre que terminou em quarto lugar. Ele nadou apenas as eliminatórias e tinha ganho a classificação como sexto colocado no USA Olympic Trials. Na sua carreira universitária, foi um dos destaques do time da Universidade da Califórnia múltiplas vezes campeã do NCAA.

O índice de 1 a cada 5 nadadores do time olímpico de Tóquio estar aposentado fica ainda mais evidenciado pois cinco deles foram medalhistas. Veja a lista completa dos aposentados da Seleção Americana Olímpica:
Zach Apple, 2 medalhas de ouro
Townley Haas
Andrew Wilson, 1 medalha de ouro
Patrick Callan
Gunnar Bentz
Jordan Willimovsky
Alisson Schmitt, 1 prata e 1 bronze
Brooke Forde, 1 medalha de prata
Katie McClaughlin
Haley Anderson
Um fator que deixa estes números ainda mais relevantes é o fato de que a Seleção Americana enviada a Tóquio era uma das mais jovens das últimas Olimpíadas. O fenômeno da aposentadoria “precoce” da natação americana está muito ligado a falta de profissionalização do esporte no país. São poucos nadadores, e poucas as oportunidades, que se vislumbram a viver do esporte de alto rendimento na natação americana.
Embora você tenha super astros, como Katie Ledecky e Caeleb Dressel, que estão entre os nadadores mais bem pagos do mundo, a grande realidade é que todos estes aposentados, com a boa formação universitária que tiveram terão muito mais oportunidades profissionais iniciando suas carreiras fora do esporte.