Os Jogos Pan-Americanos de Santiago só serão disputados entre outubro e novembro deste ano, mas dez nadadores brasilerios já estão confirmados na equipe do país que disputará o evento na capital do Chile. Eles asseguraram suas vagas na competição devido a uma novidade que a Panam Sports, organizador do Pan-Americano, adotou recentemente.
No final de 2021 foi realizado a primeira edição dos Jogos Pan-Americanos Júnior, que reuniu atletas de 17 a 22 anos de idade. Ficou definido na natação que todos os vencedores individuais das 28 provas iriam se garantir na competição absoluta em Santiago. Ao todo nove países tiveram nadadores classificados, sendo o Brasil o que mais venceu provas: 12 ao todo. E foram dez os nadadores os responsáveis por estas medalhas de ouro, obtendo desta forma a pré-classificação para o evento absoluto.

Breno Correia está classificado para disputar os 100m e 200m livre, o que o coloca automaticamente nos revezamentos dessas duas provas. O brasileiro venceu ambas as distâncias em Cali marcando 49s33 nos 100m livre e 1min47s46 nos 200m livre. Será a segunda participação do nadador em Jogos Pan-Americanos. Em Lima-2019 ele nadou seis provas e obteve cinco medalhas, sendo um dos nomes mais elogiados da equipe na ocasião.
Já Stephanie Balduccini irá estrear na versão principal dos Jogos Pan-Americanos. A velocista também obteve duas vitórias individuais no Pan-Americano Júnior de Cali nos 50m e 100m livre, com 25s47 e 54s63, respectivamente, e também vai nadar o revezamento em Santiago este ano. Devido a sua versatilidade, é bem possível que Stephanie também dispute outras provas e revezamentos, que pode lhe alçar a atleta com mais provas no evento. No Pan Júnior, por exemplo, ela ganhou sete medalhas.

No masculino os demais nadadores vão fazer suas estreias nos Jogos Pan-Americanos absolutos. São eles: Victor Alcará, campeão dos 50m livre com 22s08; Pedro Farias, campeão dos 1500m livre com 15min24s27; Kayky Mota, campeão dos 100m borboleta com 52s81 e Matheus Gonche, campeão dos 200m borboleta com 1min59s63.
No feminino também teremos quatro estreantes no Pan-Americano principal. Ana Vieira venceu em Cali os 200m livre com 2min02s15; Maria Paula Heitmann foi a vencedora nos 400m livre com 4min17s64, Beatriz Dizotti foi a campeã dos 1500m livre com 16min52s11 e Clarissa Rodrigues triunfou nos 100m borboleta com 1min01s19. Todas ainda tem potencial para integrarem os revezamentos brasileiros.

O país também já tem duas vagas conquistadas nas águas abertas, ambas no feminino. Elas foram confirmadas nos Jogos Sul-Americanos do ODESUR, realizado ano passado em Assunção, após a dobradinha de Ana Marcela Cunha e Viviane Jungblut, que teoricamente devem ficar com as vagas caso disputem a competição em Santiago. No masculino nenhum atleta conseguiu vaga via Sul-Americano e o país depende de uma desistência para poder incluir algum nadador.
As demais vagas serão definidas ao longo da temporada e a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), ainda não divulgou como elas serão preenchidas. Em Lima-2019, o Brasil teve sua melhor campanha na história do evento conquistando 30 medalhas, sendo dez de ouro, nove de prata e 11 de bronze.