A nadadora russa Yekaterina Nekrasova quebrou o recorde mundial de mergulho no gelo neste começo de ano. O mergulho aconteceu no Lago Baikal, na Rússia, o mais profundo do mundo. A nadadora mergulhou por 85 metros sem emergir, em uma água com temperatura de 0º C. Fora d’água a temperatura ambiente era de -22 °C.
Aos 40 anos, Nekrasova completou o trajeto em 1min50s sem auxílio de roupa de mergulho quebrando o recorde anterior de 70 metros, estabelecido pela sul-africana Amber Fillary na Noruega em 2019. Entre os homens, a marca pertence ao russo, Aleksêi Moltchanov que entrou para o Guinness Book após nadar 180 metros debaixo de gelo.
“Ekaterina planeja superar os 100 metros este ano”, disse seu treinador e chefe da Federação Russa de Natação de Inverno, Andrei Bugai. No vídeo (que você pode ver logo abaixo) é possível ver a equipe da nadadora cortando o gelo em períodos regulares, de uma espessura de aproximadamente 25 cm, para ajudar Nekrasova em caso abandono.
A natação no gelo é oficialmente uma modalidade e vem ganhando popularidade nos últimos anos em países de inverno rigorosos. Desde a fundação da International Ice Swimming Association (IISA) em 2009, acontecem competições oficiais. Esta modalidade testa não só as capacidades físicas e técnicas do atleta, mas também a sua concentração e tolerância a baixas temperaturas.
Em um estudo publicado pela Environmental Research & Public Health, nadar em águas geladas demonstrou ter um efeito positivo na saúde mental dos humanos e pode até ser antidepressivo. O estudo prova também que a natação regular de inverno levou a uma melhora no bem-estar geral de nadadores que sofriam de reumatismo, fibromialgia ou asma.