A invasão militar russa ao território ucraniano completou oito meses na semana passada e com o prolongamento do conflito, a situação dos nadadores russos e bielorrussos segue indefinida. Banidos das competições internacionais em 2022, esses atletas provavelmente seguiram de fora dos eventos enquanto os ataques de Moscou continuarem. Foi o que deu a entender a declaração do presidente da Federação Russa de Natação, Vladimir Salnikov ao canal russo Match TV.
“Todos sabemos que até que a situação mude, é pouco provável que devamos esperar pela admissão em competições internacionais. O trabalho no calendário está em andamento e especificamente, discutiremos todos os pontos da próxima temporada mais tarde. Teremos em breve um campeonato russo de piscina curta em Kazan”, disse o dirigente e lendário nadador bicampeão olímpico dos 1500m livre. Salnikov acredita que enquanto o conflito persistir, os nadadores de seu país e da Bielorrússia seguirão impedidos de competir nos eventos da Federação Internacional de Natação (FINA) e da Liga Europeia de Natação (LEN).

A situação de indefinição também pode complicar a participação dos nadadores russos e bielorrussos nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), afirmou que nenhum atleta deve pagar pelos atos políticos de seus governos, porém, deixou a cargo das federações de cada modalidade a decisão se liberam ou impedem os russos e bielorrussos de competir. Por exemplo, a FINA baniu os atletas de seus eventos enquanto a Federação Internacional de Tênis liberou os jogadores para atuar sob bandeira neutra.
A situação dos atletas russos parece ser algo bastante complexo e é difícil de saber o que irá acontecer no futuro. Caso o exército de Vladimir Putin intensifique os ataques ao território ucraniano ou utilize armas nucleares, como já chegou a ser cogitado, a situação dos atletas tende a piorar e um banimento para a temporada 2023, e consequentemente para Paris-2024, deverá ser a saída encontrada pelo mundo do esporte para passar seu aviso de repúdio a Rússia. Resta saber o que Putin irá fazer.
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