No próximo dia 2 de outubro tem início na cidade sul-coreana de Mungyeong a 6ª edição dos Jogos Mundiais Militares, também conhecido popularmente como Mundial Militar. O evento foi criado em 1995 para celebrar o aniversario de 50 anos do fim da II Guerra Mundial. Foi uma forma do Conselho Internacional do Desporto Militar, entidade de organiza os Jogos, encontrou para lembrar-se da data de uma forma que promovesse a integração e união. E nada melhor que o esporte para desempenhar este papel. Desde então o evento cresceu e hoje também realiza edições de Jogos de Inverno.
Até o momento já foram disputadas cinco edições do Mundial Militar: Roma-1995, Zagreb-1999, Catania-2003, Hyderabad-2007 e Rio de Janeiro-2011. O Brasil participou de todos os eventos e é o quarto país que mais subiu ao pódio em Jogos Mundiais Militares com 134 medalhas, sendo 47 de ouro, 45 de prata e 42 de bronze. Porém, apenas a partir da edição passada é que resolveu investir mais a fundo e conseguiu ganhar 114 medalhas na campanha da Cidade Maravilhosa. A natação foi uma grande colaboradora com 30 medalhas e boas atuações de atletas de renome como Fabiola Molina, Diogo Yabe e Gabriel Mangabeira.
E este ano tudo indica que não será diferente. A previsão é de que o Brasil faça uma boa campanha em várias modalidades, principalmente na natação. Ao todo foram convocados 20 atletas. Dois foram medalhistas no Campeonato Mundial de Kazan: Nicholas Santos e Etiene Medeiros. Além de Etiene, outros 11 atletas também foram medalhistas nos Jogos Pan-Americanos de Toronto: Graciele Herrmann, Larissa Oliveira, Manuella Lyrio, Daynara de Paula, Natália de Luccas, Nicolas Oliveira, João de Lucca, Leonardo de Deus, Guilherme Guido, Thiago Simon e Henrique Rodrigues. No time ainda há Henrique Martins, campeão da Universíade, e Poliana Okimoto, que já garantiu a vaga olímpica nas águas abertas. Completam a delegação Juliana Marin, Pamela Souza, Ana Carla Carvalho, João Luiz Gomes Júnior e Fábio Santi. Uma equipe de respeito e que vai brigar pelo posto de melhor da competição.
Se o Brasil vai forte, outras delegações também terão nomes de peso. Destaque para o campeão mundial dos 100m livre Zetao Ning que reforça o sempre competitivo time chinês e para o atual campeão olímpico e mundial dos 50m livre, Florent Manaudou que faz em Mungyeong sua estréia em Jogos Militares.
Uma curiosidade fica por conta dos grandes vencedores. Engana-se quem pensa que os Estados Unidos lideram o ranking de medalhas. Maior potência bélica do mundo, os americanos ganharam apenas 66 medalhas e nem no top 10 aparecem. A razão é que o país envia apenas militares para a disputa e não atletas de elite como outros países. A Rússia lidera o quadro geral com 453 medalhas, seguida pela China com 354 medalhas. Os chineses almejam no futuro liderar esse quadro e são um dos países que mais vem investindo no esporte militar.
Por Guilherme Freitas