Ainda faltam dois meses para o Torneio Open, competição que vai acontecer em Palhoça e será a primeira seletiva olímpica da natação brasileira. Será lá que o time dos Jogos do Rio-2016 começará a ser formado. Algumas provas prometem muitas disputas, inclusive as dos revezamentos já qualificados para os Jogos. Porém, seja no 4x200m livre feminino que a disputa promete ser muito equilibrada e bastante competitiva.
Há 11 anos o 4x200m livre feminino formado por Joanna Maranhão, Monique Ferreira, Paula Baracho e Mariana Brochado fazia história e terminava a final olímpica da prova na sétima colocação com um novo recorde sul-americano: 8min05s29. O tempo passou e o recorde persistiu por mais de uma década até que no Troféu Maria Lenk deste ano, a equipe feminina do Pinheiros (Manuella Lyrio, Gabrielle Roncatto, Joanna Maranhão e Larissa Oliveira) bateu a marca com 8min03s22. No Mundial de Kazan o revezamento (com Jessica Cavalheiro no lugar de Gabrielle Roncatto) melhorou ainda mais o recorde com 7min57s15 e garantiu vaga nos Jogos do Rio de Janeiro.
A vaga esta garantida, mas quem vai nadar ainda não. E a batalha pelas quatro vagas promete ser bastante acirrada. Além das cinco citadas acima podemos colocar mais duas atletas nessa lista de pretendentes ao time olímpico: as jovens revelações Maria Paula Heitmann e Rafaela Raurich.

No Troféu Chico Piscina em Mococa, Maria Paula deu show. Venceu a prova individual com excelentes 2min00s71, melhor tempo de sua vida e novo recorde de campeonato. O tempo não é uma surpresa, pois a nadadora de 16 anos vem crescendo há um certo tempo, mas o fato de fazer esse resultado sem descansar mostra que Maria Paula pode chegar muito bem no Torneio Open. Já Rafaela Raurich, de 15 anos de idade, também vem crescendo e evoluindo. No Campeonato Mundial Junior de Cingapura ela foi finalista e na semifinal mandou 2min01s40. Também pode muito bem chegar até o Maria Lenk 2016 com possibilidade de lutar por uma vaga no revezamento.
Até a disputa do Open as duas deverão disputar o Campeonato Brasileiro Juvenil (Troféu Carlos Campos Sobrinho) em João Pessoa, no mês de novembro, como uma espécie de aquecimento para a primeira seletiva olímpica para o Rio-2016. Sem dúvida a disputa por uma vaga nesse 4x200m livre promete ser eletrizante até a última seletiva.
Por Guilherme Freitas