Nadar em águas abertas sempre terá seus riscos inevitáveis, porém, quanto mais pudermos minimizá-los melhor. Desde 2008 a modalidade vem se popularizando e o desenvolvimento de materiais específicos para o esporte vem acompanhando seu crescimento.
Ao nadar em um ambiente aberto temos vários riscos: correntes, animais marinhos, pedras, lixo e embarcações. Essa última preocupa muito os nadadores. Com as praias e represas, cada dia mais frequentadas por diversos públicos, desde o nadador até as lanchas, o trânsito começa a complicar.
Para tranquilizar os nadadores, que sabem que não teriam chance com ninguém em uma colisão, o mercado desenvolveu as boias de sinalização. Já não é de hoje, que diversos atletas fazem seus treinos com boias amarradas na cintura por diversos motivos: para serem vistos, carregar suplementos, carregar chaves, etc. Logo empresas como a brasileira Swim Haus, viram a oportunidade de ajudar esses atletas desenvolvendo um produto especial.
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Hoje em dia as boias de sinalização tem diversos formatos, tamanhos e cores. As funcionalidades costumam ser duas: flutuação com cor chamativa para visibilidade e algumas contém compartimentos impermeáveis para guardar pequenos pertences.
Para os nadadoras mais iniciantes a boia de sinalização não veio trazer somente a confiança de ser visto e evitar possíveis atropelamentos, mas também a sensação de segurança caso o atleta se sinta mal e pode apoiar para descansar. Lembrando que não é uma boia de salvamento, porém alguns modelos suportam mais de 100kg por horas, suficiente para esperar um resgate chegar.
Assim os nadadores que tinham receio de nadar em ambientes hostis sentem uma segurança extra, inclusive para muitos, a dose que faltava para dar o primeiro passo e fazer tanto seu primeiro treinar e ingressar na modalidade como sua primeira prova.
Uso de boias em competições e festivais
Na Europa as provas adotaram o uso de boias durante as últimas temporadas e a aceitação dos atletas foi muito positiva. Além de possibilitar mais atletas que tinham medo de irem sozinhos a participarem com a boia em eventos, para o controle da organização o item facilita a visualização dos participantes.
No Brasil o uso de boia em competições ainda é questionado. Atualmente alguns eventos estão colocando como opcional, porém, ao contrário do que acontece no exterior, não tivemos de nenhuma prova com uso obrigatório em território nacional. Um dos receios para a adesão da boia é determinar medidas obrigatórias do item para evitar que o mesmo atrapalhe os participantes ao redor, caso a corda que liga a boa ao nadador seja muito longa.
Acredito que após determinadas as métricas ideias para boias em competições será de grande ajuda tanto para os atletas como para a organização autorizá-las nas provas porém sem um critério obrigatório.
Atletas de elite tem uma certa resistência ao seu uso por acreditar que ela pode causar arrasto no nado. Como nadadora eu tinha a mesma impressão até fazer uso da boia na primeira edição do evento MIUS em 2020 e fui surpreendida positivamente pela boia não ter me atrapalhado ao nadar e passar despercebida por mim durante a prova.
Por mais que pareça um item amador, a boia me dá mais autonomia para fazer treinos longos onde posso levar algum item amarrado para comer e beber e independência no sentido de não precisar de ajuda para guardar chaves e juntar mais pessoas para ser vista. Agora consigo treinar sozinha por mais tempo graças ao suporte dado pelo equipamento.
Assim vemos que a boia traz suas vantagens tanto para o público iniciante, como atletas experientes, não sendo um item restrito aos iniciantes. Mesmo assim, não sou a favor de torná-la um item obrigatório, respeitando o conforto de cada atleta ao competir.
A primeira marca nacional a produzir boias especificamente para nadadores foi a Swim Haus, que teve ajuda da ultramaratonista Thais Sant’Anna para seu desenvolvimento. Você pode encontrar as boias da Swim Haus clicando aqui.