Poliana Okimoto é, há mais de uma década, referência na natação de águas abertas. A brasileira, entre as melhores do mundo desde sua primeira competição internacional, o Mundial de 2006, conquistou todas as glórias possíveis nas maratonas aquáticas. Entre elas: campeã mundial, campeã do circuito da Copa do Mundo, medalhista pan-americana, melhor atleta do Brasil em 2013…
Mas sua grande conquista foi sem dúvida a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 2016. O ponto alto de uma carreira na qual foi pioneira diversas vezes, com várias conquistas inéditas para a natação feminina do país, que culminou com a primeira medalha olímpica obtida por uma nadadora brasileira.
E, por conta de tal glória, conseguida há pouco mais de um ano, Poliana continua colhendo merecidos louros.
O último é a admissão no Hall da Fama Internacional de Águas Abertas, uma honraria que apenas aqueles que definitivamente estão na história do esporte conseguem alcançar.
A notícia foi divulgada ontem. O Hall da Fama de Águas Abertas é uma entidade vinculada ao Hall da Fama da Natação, criado em 1971, e homenageia indivíduos que alcançaram feitos notáveis nas águas abertas, primordialmente dentro das águas, mas também fora delas, como treinadores, árbitros, dirigentes e jornalistas.
No Hall da Fama da Natação, o Brasil já tinha uma mulher imortalizada: Maria Lenk. Além dela, Gustavo Borges também está lá. Já no de Águas Abertas, ainda não havia mulher brasileira. Os nomes do país eram Abílio Couto, Igor de Souza e o árbitro Ricardo Ratto.
Agora há Poliana. Na verdade, oficialmente ela será admitida em março do ano que vem, A cerimônia que irá homenageá-la ocorrerá no dia 31 de março do ano que vem, em Londres.
O site do Hall da Fama destaca que Poliana é a maior nadadora de águas abertas da história do país, e que elevou a modalidade no país a um nível mais alto.
O que não é nenhuma novidade para nós que acompanhamos sua carreira há anos. Agora, mais um reconhecimento internacional. E, como não poderia deixar de ser, pioneiro para o esporte brasileiro.
Por Daniel Takata