* por Julio Cesar Pistarini
A seleção brasileira de natação paralímpica teve uma grande performance na piscina de Manchester ao longo desta semana durante o Campeonato Mundial. Ao todo, o time subiu 46 vezes no pódio e acumulou grandes feitos que deixam a equipe ainda mais motivada para os Jogos Parapan-Americanos de Santiago deste ano e para os Jogos Paralímpicos de Paris ano que vem. Confira alguns destaques da equipe no Mundial.

Masculino
* Gabriel Geraldo é com certeza o maior destaque no masculino com seus três ouros, repetindo o feito no Campeonato Mundial da Ilha da Madeira, em Portugal, no ano passado.
* Douglas Matera e sua vitória nos 100m borboleta classe S12 é sem dúvidas uma boa surpresa nesse Mundial. A vitória também foi a centésima medalha de ouro do Brasil na história dos Campeonatos Mundiais.
* Talisson Glock e os 400m livre classe S6, um expressivo 4min52s42 também tem que ser destacado. Isso sem contar sua evolução fora das piscinas, em entrevistas após as provas e no pódio se mostrando extremamente maduro e convicto dos seus objetivos.
* Daniel Mendes em seu segundo Mundial se firmando entre os melhores do mundo na sua classe, além da 3ª colocação nos 100m livre classe S6. Também nadou muito na final dos 50m livre classe S6 faturando a prata com expressivos 29s74.
* A despedida de Phelipe Rodrigues dos Mundiais Paralimpicos. É sem dúvidas um marco nesse Mundial, já que ele é um dos maiores nomes da natação paralimpica mundial.

Feminino
* Maria Carolina Gomes Santiago é o grande nome dessa seleção,. Nadou oito provas e conquistou oito medalhas, cinco delas de ouro: 50m livre, 100m livre, 100m costas, 100m borboleta e 4x100m medley 49 pontos.
* Dobradinha das gêmeas Débora e Beatriz Carneiro, a primeira vez na história dos Mundiais que isso acontece. A dupla faturou o ouro e a prata na mesma prova, com melhora das marcas e novo recorde das Américas.
* Cecília Araújo assim como no Mundial da Ilha da Madeira, nadou muito. Em termos de resultados foram mais expressivos e por pouco ela não rompeu a barreira do 30 segundos nos 50m livre classe S8. Isso sem contar sua vitória nos 100m livre, e como se não bastasse, a boa performance nos 400m livre classe S8, uma melhora significativa na versatilidade das provas.
* Susana Ribeiro aos 55 anos, a vovó da equipe brasileira, nadou incríveis seis provas nesse Mundial e conquistou três medalhas, duas de bronze e uma de prata nos 200m livre classe S3.
* Por fim, Mariana Gesteira e sua marca nos 50m livre classe S9, novo recorde de campeonato com 27s70. A marca fica atrás apenas do recorde mundial de Sophie Pascoe da Nova Zelândia.
* Julio Cesar Pistarini é técnico de Natação Paralimpica de Santa Catarina