Acompanhe a evolução de Guilherme Guido no ranking mundial dos 100m costas:
2004: 82º
2005: 85º
2006: 55º
2007: 43º
2008: 31º
2009: 13º
2010: 32º
2011: 44º
2012: 87º
2013: 52º
2014: 16º
Seu melhor desempenho, como se vê, foi no ano auge dos trajes tecnológicos, em 2009. Depois disso, foi ladeira abaixo. Em 2012, seu pior ano, justamente o ano olímpico, sequer chegou perto de fazer parte da seleção brasileira. Muitos imaginaram que o fim da carreira estava próximo. Afinal, já não era nenhum garoto.
Mas Guido soube se reinventar. No Pinheiros, reencontrou a motivação. Treinar ao lado dos mais rápidos nadadores de costas do país dos últimos anos (Daniel Orzechowski e Fabio Santi) também ajudou. Desde então, foi ladeira acima. 53s12 na abertura do revezamento 4x100m medley no Pan de Toronto foi um espetáculo. Hoje, no Open, repetiu a dose: 53s09, novo recorde sul-americano e, claro, índice olímpico. Melhor colocação no ranking mundial na carreira: 9º lugar.
Rômulo Arantes (3º em 1979) e Alexandre Massura (5º em 1999) obtiveram colocações melhores, e justamente em anos pré-olímpicos. Mas não conseguiram ser finalistas em Olimpíadas. Algo que Guido tentará no ano que vem. E, apesar de não ser nenhum garoto (fará 29 anos em fevereiro), não para de evoluir. E tem boas chances.
Mas um feito inédito ele terá alcançado somente de nadar a prova na Olimpíada: será o primeiro homem brasileiro a voltar aos Jogos com índice individual oito anos após sua primeira participação, tendo ficado de fora da edição anterior (no feminino, Fabiola Molina conseguiu em 2000 e 2008, coincidentemente também nos 100m costas).
Por Daniel Takata