Fim de Olimpíada de Paris, momento de reflexão e revisão para as próximas competições, especialmente para Los Angeles 2028. Aqui listamos 10 pontos positivos da competição de natação no La Défense Arena e das águas abertas no Rio Sena. Confira abaixo:
1) Rapidez do VAR
O sistema de VAR passou a ser utilizado em Tóquio 2020, repetido nos Mundiais de Budapeste 2022, Fukuoka 2023 e Doha 2024, mas nunca esteve tão rápido nas suas decisões como em Paris 2024. Imediatamente que era identificada uma possível irregularidade já aparecia que o sistema estava sendo revisado e o resultado nunca demorou mais de 1 minuto para ser apresentado.
2) Numeração das raias
A regra determina que o árbitro geral esteja posicionado no lado da raia 1, porém para efeito de visualização de transmissão é muito mais fácil para compreensão do público que ele veja na TV na raia de cima 1, e na raia debaixo 8. Tal modificação foi feita para agradar as transmissões de TV e está na hora de ser implantada na regra oficial.
3) Eliminatórias rápidas
Com exceção de um dia, onde tivemos mais de três horas de disputa, as eliminatórias estavam bem reduzidas o que favorece a qualidade dos atletas na busca de performance. Também permitia um início mais tarde, 11:00 da manhã, horário local oferecendo mais tempo de descanso para os atletas.
4) Reconhecimento dos atletas reservas dos revezamentos
Pela primeira vez, na cerimônia de premiação dos revezamentos, todos os nomes, dos atletas que nadavam as eliminatórias e finais, eram apresentados no telão e anunciados pelo locutor reconhecendo os nadadores. As medalhas para os nadadores reservas continuam sendo entregues pelas próprias delegações a seus nadadores.
5) Belíssimas arenas
Tanto La Défense como a arena montada no Rio Sena foram de altíssima qualidade. A La Défense, maior arena esportiva da Europa, estava impecavelmente montada oferecendo perfeita visibilidade de todas os setores do público, excelente acústica e placares eletrônicos A arena do Rio Sena foi, sem dúvida alguma, a mais bonita já montada na história das águas abertas. Combinando com um cenário histórico, montaram uma estrutura de muito bom gosto e que deixou o evento ainda mais especial.
6) Quebra do protocolo das bandeiras
Pelas rígidas regras do COI, as bandeiras, inclusive as nacionais, são proibidas na arena, parece brincadeira, mas são. O atletismo, entretanto, há algum tempo já instituiu a volta olímpica dos vencedores abraçados a suas respectivas bandeiras. Desta vez foi a natação, que começou com os americanos, e ganhou alguns outros protagonistas para receber suas medalhas e na sequência uma bandeira para fazer a volta ao redor da piscina. É algo que incrementa, e muito, o nacionalismo e valorização dos países vencedores.
7) O maior placar eletrônico do mundo
Algo simplesmente descomunal, um placar eletrônico de 50 metros exibindo as provas e os highlights da competição. O placar ficava no lado oposto da arquibancada do público por detrás das bancadas da imprensa.
8) Locução técnica e informativa
Aconteceu na natação e também na disputa das águas abertas. Locução com informações técnicas, qualidade de passagem, detalhes e história dos atletas, um entretenimento que não passa na TV, mas enriquece ao público presente.
9) Vídeo contato com a família
A iniciativa foi criada por conta da Pandemia em Tóquio e poderia ser eliminada, mas não, foi mantida. Alguns nadadores tiveram a oportunidade de visualizar e até conversar com suas famílias na saída de suas finais. Guilherme Costa foi o contemplado na final dos 400 metros nado livre, mas ficou muito emocionado e não conseguiu nem trocar olhares com seus pais.
10) O show no La Defénse
Todos os dias, eliminatórias e finais, eram precedidas por um show de vários minutos, música e luzes, entusiasmavam o público a espera da natação. Um dia, na véspera do fim da competição, a homeangem foi ainda maior, era para o francês Leon Marchand que ganhou alguns minutos de vídeo reproduzidos na piscina de 50 metros como se fosse uma grande tela de cinema. Um show!
+1 Bonus) O entusiasmo do público
A torcida francesa deu show, Leon Marchand e Florent Manaudou ajudaram, é verdade, mas os franceses foram sublimes e entusiasmaram todos os dias. A animação não ficou só no La Defénse, mas também na arena do Rio Sena, onde muitos torcedores estrangeiros gritavam e incentivavam seus compatriotas. Eram cerca de 18 mil pessoas nas provas de natação, e umas seis mil ao longo do percurso das águas abertas.
Não gostei da prova de 10.000 m no RIO SENA, principalmente pelos seguintes motivos: a poluição, a sujeira nas águas deste rio e também a FORTE correnteza que, na parte do percurso que os nadadores estavam contra ela, fazia os competidores nadarem espremidos em fila na beira do rio e fazer um esforço acima do normal, prejudicando também as ultrapassagens… Inclusive foi um dos motivos citados pelo Guilherme Costa para abandonar a prova, que se desgarrou do pelotão de frente e ficou desmotivado de ficar lutando contra a forte correnteza até o fim da prova…
Só falta a CBDA contratar técnicos Australianos e Americanos, pois chega de passar vergonha em Mundiais e Olimpíadas