A natação entrou cedo na vida de Ranomi Kromowidjojo. Aos três anos, essa holandesa descendente de surinameses e nascida em Sauwerd, deu suas primeiras braçadas. Desde pequena mostrou extremamente veloz na piscina e ainda na adolescência chegou a seleção holandesa absoluta. Aos 15 anos integrou o revezamento 4x100m livre laranja vice-campeão no Europeu de Budapeste-2006, sua primeira em nível internacional.
No ano seguinte esteve com o time mais uma vez que foi bronze no Mundial de Melbourne e em 2008 integrou o time campeão nos Jogos de Pequim-2008 e que estabeleceu um novo recorde olímpico. Ao lado de Inge Dekker, Femke Heemskerk e Marleen Veldhuis, Ranomi formou uma das equipes mais dominantes da história no 4x100m livre que ao todo ganhou duas medalhas olímpicas e três medalhas em Mundiais de longa.
A cereja do bolo com o 4x100m livre holandês veio no Campeonato Mundial de Roma-2009 onde o quarteto estabeleceu um novo recorde mundial: 3min31s72. No Mundial seguinte, em Xangai-2011, Ranomi ganhou suas primeiras medalhas individuais em Mundiais de longa: uma prata nos 50m livre e um bronze nos 100m livre. No Mundial de curta de Dubai-2010 foi uma das melhores atletas da competição com três medalhas de ouro conquistadas. A holandesa chegava aos Jogos Olímpicos de Londres cotadíssima a subir ao pódio.
Na capital britânica Ranomi fez a melhor competição de sua vida. Primeiro compôs o revezamento 4x100m livre que foi vice-campeão, deixando o ouro escapar por poucos centésimos. Na sequência vieram os maiores feitos da carreira. Venceu os 100m livre com uma segunda metade de prova impressionante e bateu o recorde olímpico. Dias depois voltou a triunfar agora nos 50m livre com uma prova impecável e mais uma vez batendo o recorde olímpico.
No ciclo olímpico seguinte continuou brilhando. Sagrou-se campeã mundial em longa e curta nos 50m livre em Barcelona-2013 e Doha-2014, além de vencer a prova também no Campeonato Europeu de longa em Londres-2016 e nos de curta de Herning-2013 e Netanya-2015. Ranomi chegou ao Rio-2016 visando defender seus títulos, mas não conseguiu ter muito sucesso na piscina do Estádio Aquático Nacional terminando em quinto lugar nos 100 livre e em sexto nos 50m livre.
Após o Rio-2016 manteve o alto nível e na etapa de Berlim da Copa do Mundo da FINA em piscina curta bateu o recorde mundial nos 50m livre em piscina curta com o tempo de 22s93, marca que permanece vigente. Ranomi continua entre as principais velocistas do mundo tendo indo ao pódio nos Mundiais de Budapeste-2017 e Gwanju-2019 e também no de curta de Hangzhou onde brilhou com três medalhas de ouro. Um nome que pode surpreender e voltar ao pódio olímpico em Tóquio.































