Uma competição desgastante, sob todos os aspectos. Emocional, físico, e estratégico. As condições que acabaram sendo afetadas pela temperatura da água, e a apuração das Seleções Brasileiras para os eventos internacionais de 2023. Confira aqui, 10 pontos em destaque de quem estava na piscina do Santos Dumont e traz para você do melhor que se viu no Troféu Brasil 2023:
1) Pinheiros mantém domínio e liderança
Foi o 20º título do clube paulista, maior campeão da história do Troféu Brasil. E praticamente com a mesma pontuação da temporada passada (2.138 em 2022 e 2.109 em 2023). Até mesmo a diferença sobre o Minas foi parecida (511,5 em 2022 e agora 474). Mesmo que ameaçado durante a disputa, no final o quadro de medalhas de 2023 foi ainda melhor que no ano passado com 15 ouros contra 12 vitórias em 2022.
2) O Super Santa está de volta
E como está de volta! A Unisanta brigou pelo vice campeonato até o último dia com o Minas. No final, o terceiro lugar com mais de 300 pontos em relação a temporada passada. Ainda mais expressivo, em determinado momento da competição, a Unisanta estava na frente no quadro geral de medalhas. Terminou com 12 ouros, quatro a mais do que em 2022.
3) Os fortes índices
A tabela adotada pela CBDA é a da World Aquatics e se baseia numa relação dos índices estabelecidos para o Mundial de Budapeste ou o 16º tempo da competição do ano passado. O tempo mais baixo foi a marca exigida e alcançada por 13 nadadores, sete homens e seis mulheres. No total, dez índices alcançados pela natação feminina, nove pela masculina.
4) Nenhum revezamento alcançou o critério
Embora celebrado e anunciado, nem o 4x200m metros nado livre feminino alcançou os critérios estabelecidos pela CBDA. O regulamento da seletiva indicava que pelo menos dois integrantes precisavam ter a marca A e apenas Maria Fernanda Costa conseguiu. No final das contas, a CBDA decidiu convocar este e os demais revezamentos. Vão todos para Fukuoka, em busca de fazer marcas expressivas e terminar entre os classificados para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. Se esta marca sair em Fukuoka, é a tranquilidade de poder seguir o programa direto para a Olimpíada sem a necessidade de enviar a equipe para o Mundial de Doha, em fevereiro do próximo ano.
5) Todo mundo para 48!
Nunca na história da natação brasileira isso havia acontecido. Nem na era dos trajes tecnológicos o que demonstra o equilíbrio e a boa disputa para fazer parte do revezamento 4x100m livre masculino. Depois de Marcelo Chierighini ter feito 47s86 nas eliminatórias, a melhor performance de toda a competição, a final foi marcada por oito nadadores na casa dos 48 segundos. O feito inédito que separou o campeão da prova, Guilherme Caribé do Flamengo com 48s11, do oitavo colocado, Vinicius Assunção do SESI SP 48s97, apenas 86 centésimos de muita disputa pela frente por esta vaga até Paris-2024.
6) Dois recordes brasileiros, ambos das mulheres
É o segundo ano consecutivo que o Troféu Brasil tem recordes brasileiros das mulheres, e somente delas. No ano passado, foi Jhennifer Conceição nos 100m peito, este ano foi a vez de Gabrielle Roncatto da Unisanta nos 400m livre e Gabrielle Assis do Flamengo nos 200m peito. Entre os homens, apenas um recorde de campeonato para Guilherme Costa da Unisanta nos 400m livre.
7) Estrangeiros seguem vencendo nas mulheres e jejum entre os homens
A americana Gabi Albiero pelo Minas nos 50m livre e 100m borboleta e a argentina Andrea Berrino pelo Pinheiros nos 100m costas mantiveram uma sequência de 15 anos, desde 2008, com pelo menos uma vitória estrangeira nas provas femininas do Troféu Brasil. Enquanto isso, os homens brasileiros não deixam um estrangeiro vencer uma prova no Troféu Brasil desde 2008. O último estrangeiro a vencer entre no masculino foi o argentino Juan Martin Pereyra campeão dos 800 e 1500 metros nado livre no Troféu de 2008.
8) Troféu de 2022 mais forte no masculino e equilibrado no feminino
A comparação é inevitável. O Troféu Brasil de 2022 foi mais forte do que o deste ano nos vencedores nas provas individuais. Esta diferença é muito maior no masculino onde 12 tempos dos vencedores de provas do ano passado foram melhores contra quatro deste ano. Os 50 livre masculino com 22s00 teve o mesmo tempo do vencedor entre Luiz Gustavo Borges em 2022 e Marcelo Chierighini este ano. No feminino, são nove vencedoras do ano passado mais rápidas contra oito deste ano.
9) Leo de Deus 21 vezes campeão
Entre os nadadores em atividade, nenhum tem tantos títulos de Troféu Brasil como Leonardo de Deus. Ao vencer as provas de 200m borboleta e 200m costas ele chegou a expressiva conta de 21 títulos individuais da competição. Desde o Troféu Brasil de 2010, quando Leo venceu os 200m borboleta pela primeira vez são dez títulos dos 200m costas, nove nos 200m borboleta e duas vezes nos 400m livre.
10) Os campeões estreantes
Vencer o Troféu Brasil pela primeira vez é sempre muito significativo. O título da principal competição da natação brasileira foi conquistado pela primeira vez por Julia Góes do SESI nos 50m costas, Celie Bispo do Yacht nos 50m borboleta, Bruna Leme do Corinthians nos 200m medley, Guilherme Caribé do Flamengo nos 50m borboleta e 100m livre, Raphael Rached do Curitibano nos 200m peito, Kayky Mota do Pinheiros nos 100m borboleta e Leonardo Santos do Pinheiros e sua vitória nos 200m medley.