Faltando 100 dias para os Jogos Olímpicos de Paris, a SWIM CHANNEL faz uma revisão de todos os campeões olímpicos de Tóquio analisando cada uma de suas situações na busca de defender seus títulos a partir de 27 de Julho.
Confira prova a prova:
50m livre masculino – Caeleb Dressel dos Estados Unidos venceu em Tóquio com 21.07, novo recorde olímpico. Afastado do Mundial de Budapeste em 2022, antes de nadar a prova, Dressel teve seu melhor resultado 21.29 na Seletiva Americana em Abril de 2022. Seletiva Americana acontece a partir de 15 de Junho.
50m livre feminino – Emma McKeon da Austrália campeã em Tóquio com recorde olímpico, 23.81, foi a única abaixo dos 24 segundos. Desde a Olimpíada nadou apenas uma vez abaixo da barreira dos 24 quando venceu o Commonwealth Games em 2022 com 23.99. Esteve fora dos Mundiais de 2023 e deste ano.
100m livre masculino – Caeleb Dressel bateu o australiano Kyle Chalmers por apenas seis centésimos em Tóquio, 47.02 contra 47.08. Desde então, dois nadadores quebraram o recorde mundial, primeiro o romeno David Popovici com 46.86 e este ano com o chinês Pan Zhanle 46.80.
100m livre feminino – Emma McKeon campeã com recorde olímpico de 51.96. A marca ainda se mantém como recorde da Austrália e Oceania. Embora tendo sido batida várias vezes nas competições nacionais nestes últimos três anos, luta na Seletiva Australiana a partir de 10 de Junho.
200m livre masculino – O britânico Thomas Dean é um dos campeões olímpicos de Tóquio que não poderá defender seu título em Paris. Dean terminou em terceiro lugar na Seletiva Britânica e vai para a Olimpíada nos 200m medley além dos revezamentos 4×100 e 4x200m livre.
200m livre feminino – Australiana Ariarne Titmus venceu em Tóquio com 1:53.50, 42 centésimos a frente de Siobhan Haughey de Hong Kong. A marca foi recorde olímpico e era recorde nacional da Austrália. Atualmente sua compatriota Molly O’Callaghan é a recordista mundial com 1:52.85.
400m livre masculino – Ahmed Hafnaoui da Tunísia foi a zebra da Olimpíada de Tóquio. Na época, nadando na raia 8 ele se sagrou campeão com 3:43.36. Desde então, mudou de programa duas vezes, de técnicos, e melhorou muito todas as suas marcas. Nos 400m livre nadou para 3:40.70 no Mundial do ano passado. Já está classificado para nadar as três provas de fundo: 400, 800 e 1500m nado livre.
400m livre feminino – Ariarne Titmus da Austrália venceu aquela que foi a prova mais disputada e acirrada da Olimpíada. Na época, 3:56.69 contra 3:57.36 de Katie Ledecky. Este super duelo tem tudo para ser tão emocionante quanto, só que agora ganhou mais uma atleta na disputa, a canadense Summer McIntosh. McIntosh tem Seletiva Canadense em 19 de maio, Titmus 10 de Junho e Ledecky a partir de 15 de Junho.
800m livre masculino – Robert Finke dos Estados Unidos bateu o recorde americano ao vencer em Tóquio com 7:41.87. Com seu final de prova impressionante, Finke segue treinando com Anthony Nesty na equipe profissional da Universidade da Flórida. Em Tóquio, ele ainda era nadador universitário.
800m livre feminino – Katie Ledecky tri campeã olímpica da prova com 8:12.57. O domínio da americana da prova segue, embora tenha sido derrotada pela primeira vez depois de 10 anos de invencibilidade. Ledecky ainda detém as 16 melhores marcas da história e quem lhe ameaça é a canadense Summer McIntosh que bateu Ledecky com 8:11.39 num torneio em Orlando, na Flórida.
1500m livre masculino – A segunda vitória de Bobby Finke em Tóquio teve a mesma estratégia dos 800 livre, final de prova forte e o tempo de 14:39.65. Os 1500 livre ganharam outra perspectiva com o que se viu no Mundial de Fukuoka onde Finke e o tunisiano Ahmed Hafnaoui lutaram até o fim ameaçando o recorde mundial. Desta vez, entretanto, Finke foi batido.
1500m livre feminino – Katie Ledecky campeã em Tóquio, a primeira campeã olímpica da história da prova com 15:37.34. Defendendo uma invecibilidade na distância desde 2013, é super favorita para o bi.
100m costas masculino – Evgeny Rylov da Rússia foi campeão em Tóquio com 51.98 recorde europeu na prova. Rylov, diferente dos outros atletas da natação da Rússia que poderiam aplicar para a condição de atletas neutros e estar em Paris, sua condição é distinta. Por ter feito apoio expresso ao Presidente Vladimir Putin e até participou de um dos comícios pró-guerra, Rylov eliminou-se por completo de estar na Olimpíada.
100m costas feminino – Kaylee McKeown da Austrália campeã com recorde olímpico 57.47. Desde o título ela se tornou de forma incontestável a melhor nadadora de costas do mundo atualmente sendo detentora dos recordes mundiais dos 50, 100 e 200m costas.
200m costas masculino – Outra vitória de Evgeny Rylov da Rússia e recorde olímpico de 1:53.27. Está fora da defesa do título.
200m costas feminino – Kaylee McKeown foi campeã em Tóquio com 2:04.68. Nunca foi mais foi batida e ainda bateu o recorde mundial da prova no ano passado para impressionantes 2:03.14.
100m peito masculino – Adam Peaty venceu em Tóquio com 57.37. Na semana passada, ao vencer a Seletiva Britânica com 57.94 fez seu melhor tempo desde o ouro olímpico. Com os bons resultados do chinês Haiyang Qin no ano passado, Peaty vai ter dificuldades mas segue vivo em busca do inédito tri campeonato olímpico dos 100m peito.
100m peito feminino – A maior surpresa da natação feminina em Tóquio, Lydia Jacoby, a primeira nadadora do Alaska, foi a única abaixo do 1:05 ao vencer a prova com 1:04.95. Depois dos Jogos, se tornou destaque na equipe universitária americana do Texas e disputa a Seletiva Americana a partir de 15 de Junho.
200m peito masculino – Zac Stubblety-Cook da Austrália ganhou com recorde olímpico de 2:06.38. No ano seguinte, bateu o recorde mundial da prova ao vencer o Campeonato Australiano com 2:05.95. No ano passado, no Mundial de Fukuoka foi prata perdendo o recorde mundial da prova para o chinês Haiyang Qin.
200m peito feminino – Tatjana Schoenmaker garantiu recentemente seu direito de lutar pelo bi campeonato olímpico. Agora casada, Tatjana assumiu o Smith, sobrenome do esposo e venceu a Seletiva da África do Sul com 2:19.01, apenas seis centésimos acima do seu melhor 2:18.95 feitos em Tóquio. A marca na época havia sido recorde mundial.
100m borboleta masculino – Caeleb Dressel bateu o recorde mundial ao vencer a prova em Tóquyio com 49.45. Perto dele, Kristof Milak chegou 23 centésimos atrás. A dupla deve novamente brigar pela prova, mas agora o então medalhista de bronze, o suiço Noe Ponti ganhou um protagonismo muito maior. Recentemente, ganhou o Campeonato da Suiça com 50.16, a sexta melhor marca da história.
100m borboleta feminino – Maggie MacNeil do Canadá foi campeã olímpica com 55.59, recorde das Américas, apenas cinco centésimos a frente da chinesa Yufei Zhang. Desde então, MacNeil ganhou tudo. Voltou a ser campeã do NCAA, venceu o Commonwealth Games e foi prata no Mundial de Budapeste. No ano passado, foi a maior medalhista dos Jogos Pan Americanos.
200m borboleta masculino – Um dos campeões mais incontestáveis, Kristof Milak da Hungria foi campeão com 1:51.25, então recorde olímpico. Mesmo com seu afastamento das piscinas por mais de seis meses, um ano sem competir, Milak voltou a competir e com poucos meses marcou 1:54.90, terceiro melhor tempo do mundo na temporada.
200m borboleta feminino – Yufei Zhang da China venceu em Tóquio com novo recorde olímpico com 2:03.86. For a desta prova no Mundial do ano passado, a impressão é de que estaria abandondo a distância, entretanto, ela vai em busca do bi. Seletiva da China começa neste mês.
200m medley masculino – Wang Shun da China foi o campeão olímpico com 1:55.00, era recorde da Ásia. No ano passado, foi mal no Mundial, mas focando na preparação dos Jogos da Ásia, quebrou o seu recorde e terminou o ano com a melhor marca do mundo de 1:54.62.
200m medley feminino – Yu Ohashi foi a única medalhista de ouro do Japão na Olimpíada em casa. Venceu a prova com 2:08.52, apenas 16 centésimos a frente da americana Alex Walsh. Na Seletiva Japonesa deste mês garantiu a vaga olímpica ao vencer sua prova com 2:09.17.
400m medley masculino – Michael Phelps estava na tribuna de imprensa e vibrou com a vitória de Chase Kalisz campeão em Tóquio com 4:09.42, o único abaixo de 4:10. Kalisz segue treinando com Bob Bowman só que agora divide o treinamento com o novo recordista mundial da prova, o francês Leon Marchand.
400m medley feminino – Yui Ohashi não vai poder defender o título que ganhou em Tóquio. Na época, venceu com 4:32.08, prova que aconteceu logo no primeiro dia da Olimpíada. Agora, Ohashi ficou em quinto lugar acima da sua marca piorando mais de seis segundos.
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