Pesquisas mostraram que a imersão em água fria pode reduzir o estresse e melhorar a saúde mental. Uma das provas disso é o resultado que os amigos australianos Jessie e Frog conseguiram neste período de pandemia. Com o fechamento das piscinas no distanciamento social, os amigos começaram a nadar ao ar livre. Ambos se conhecem há anos, mas as caídas na água de manhã cedo os aproximaram.
“Seu corpo se acostuma. Você se acalma e percebe como é bonito”, disse Jessie. Em condições frias, muitas vezes cobertas de nevoeiro, eles mergulham no reservatório Expedition Pass, em Chewton, no centro de Victoria, na Austrália. Ambos haviam lutado contra a ansiedade e depressão e foram forçados a reavaliar suas vidas. Eles revelam que nadar nessas condições os ajuda trazer alívio para encarar os problemas do dia-a-dia.
Jessie sempre nadou em piscinas, oceanos e rios e, quando adulta, tornou-se nadador. O amor de Frog por nadar também começou cedo e continuou na adolescência, quando se tornou um dos primeiros salva-vidas em sua piscina local em Scottsdale, na Tasmânia. Eles começaram a nadar juntos em outubro passado e, com o passar dos meses mais quentes, se ajustaram gradualmente a água gelada.
À medida que as restrições de bloqueio diminuem, a natação aumentou. Agora eles nadam cerca de três a quatro vezes por semana e mais pessoas se juntaram a eles. A regularidade de nadar no frio um com o outro promoveu conversas mais íntimas. “Éramos companheiros, mas sem a natação provavelmente não teríamos nos aproximado assim”, disse Frog. Jessie se sente mais forte mentalmente agora do que nos últimos três anos. “Acho que a conexão com o local e a experiência do que ele faz com seu corpo e mente e depois compartilhar isso com os amigos é a melhor parte”, disse Jessie.
A natação em águas geladas já foi motivo de estudos de pesquisas, prova disso é um estudo de um psiquiatria da Universidade McGill, Rob Whitley, que disse que a natação em água fria tem benefícios biológicos e psicossociais. Na pesquisa ele comenta que a água fria não apenas estimulou o nervo vago, um dos 12 nervos cranianos, mas também aumentou a circulação, que distribuiu nutrientes e ajudou na remoção de toxinas.
Whitley disse que a natação em águas abertas, que combina água fria e exercícios em um ambiente natural, pode ser particularmente benéfica, pois pode liberar endorfinas e produzir serotonina, o que aumenta a felicidade. “Isso pode ajudar a regular o sono, aumentar o humor e fornecer algum tipo de significado e propósito coletivo”, disse o especialista. Saiba mais sobre esse assunto clicando aqui.