O nadador olímpico e treinador André Teixeira está em Luanda, capital da Angola, para desenvolver junto à FINA o programa Swim for all – Swim for Life. Teixeira atua no Minas Tênis Clube e foi indicado pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) para participar do programa especial, que tem como objetivo ensinar as crianças a nadar e promover a atividade física através da natação em todo o mundo.
Contemporâneo da geração de Gustavo Borges e Fernando Scherer, Teixeira fez parte do time olímpico brasileiro nos Jogos de Barcelona-1992 e Atlanta-1996. Na carreira sua medalha mais importante foi o bronze com o 4x100m livre no Campeonato Mundial de Roma-1994. Atualmente ele participa do programa que oferece critérios padrão para ensinar natação em escala global e que é realizado principalmente nos países dos cinco continentes que, segundo a FINA, mais precisam desenvolver a modalidade.
“Sinto-me muito honrado com essa oportunidade e vai de encontro ao que eu tenho como missão profissional. Tenho buscado, já há algum tempo, universalizar o ensino da natação para as pessoas. Tenho estudado há muito tempo e penso que a atuação mais importante do profissional de natação é justamente isso: ensinamos a sobreviver em um ambiente aquático sem maiores ocorrências”, disse o técnico brasileiro.
De acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2014, 372 mil pessoas perderam a vida por afogamento. A FINA, com o objetivo de melhorar estas estatísticas, criou este programa em cooperação com o COI e agências das Nações Unidas, governos, organizações não governamentais e Federações Internacionais, como a CBDA. O principal objetivo do programa é oferecer a pessoas de todas as idades, diferentes origens e capacidades, a possibilidade de fazer aulas de natação.
“Quero devolver à natação tudo aquilo que ela me deu. Sou profissional hoje, rodei o mundo competindo pela seleção brasileira. Hoje é o momento mais importante da minha atuação profissional justamente oportunizando esses ‘saberes aquáticos’ para pessoas que, por vezes, não têm acesso”, completou o atleta olímpico ao site da CBDA.
Inicialmente, as aulas de natação do programa serão realizadas em piscina e, posteriormente, as atividades serão direcionadas para o mar ou em locais específicos. Saiba mais aqui.
