Até não parece, mas o período que precede os Jogos Olímpicos é a melhor fase em que as confederações fecham grandes patrocínios, ao mesmo tempo que a entrega do resultado é a melhor para o patrocinado e patrocinador.
Afinal de contas sabemos que, não importa o que aconteça, Jogos Olímpicos sempre tem ampla visibilidade. Mesmo assim, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) vem sofrendo para conseguir qualquer tipo de patrocinador seja de grande ou média empresa.
O que vemos hoje na Confederação Brasileira de Esportes Aquáticos é algo muito diferente do que vimos até o ano de 2016. Atualmente a Confederação conta com 15 diretores, que não recebem absolutamente nenhum dinheiro pelo seu trabalho. Algo nobre e necessário, já que as contas não vão nada bem.
Renato Cordani é um dos membros mais ativos no comando da entidade. Ex-nadador de elite, ex-presidente do Hall da Fama da Natação Brasileira e atual vice-presidente da CBDA trabalha há anos sem nunca ter recebido salário. Cordani participa das reuniões técnicas do esporte, comerciais, direitos de transmissão, financeiro e outras tarefas. Evidente que o mesmo tem condições financeiras em ordem, mas fato é que seu trabalho filantrópico está cada vez, mais difícil.
O que dizer de Eduardo Fischer, nosso ex-nadador de elite e semifinalista olímpico nos Jogos de Atenas-2004, advogado e agora diretor da natação. Uma situação similar: muito trabalho técnico, trabalho com demandas fora da área da natação e prática do trabalho filantrópico.
O que acontece é que as gestões anteriores, a de Coaracy Nunes principalmente, deixou a entidade uma “bagunça” com dívidas de trabalho, fornecedores, e um saldo negativo. Mas como “deixar” o passado, explicar que a CBDA mudou e ajudar a entidade e ter uma realidade financeira que ela merece?
O primeiro passo é dar espaço para eles falarem. O Presidente da CBDA, Luiz Coelho, vem se disponibilizando para atender os mínimos detalhes da entidade. Assim, como sempre esteve apto a mostrar as vantagens únicas, que um esporte como a natação, pode trazer de retorno para qualquer tipo de empresa.
As vésperas dos Jogos Olímpicos de Tóquio, Coelho vem fazendo o que pode, inclusive ele mesmo está à frente da gestão comercial da confederação, para conseguir verba de patrocínio o mais rápido possível.
“Lamento pela falta de transparência que a CBDA apresentou nas últimas décadas. Precisamos ignorar o passado e mostrar que a Confederação mudou e para muito melhor”, comenta o atual presidente
“Estamos tentando também contatos com grandes empresas, que apoiam outras Confederações, para ter resultado ainda antes dos Jogos de Tóquio“, acrescenta.
Nunca é fácil apagar uma enorme mancha e sabemos muito bem que as gestões passadas foram “confusas” e com falta de transparência. Mas a nova diretoria da CBDA, que claramente é comandado por pessoas que amam e entendem de esportes aquáticos, precisam do auxílio do COB, grandes patrocínios e quem mais possa contribuir.