Família, sempre família. Natação definitivamente é um esporte de influência, referência e suporte familiar. Isso fica muito provado quando se vê a história dos atletas que fazem parte da Seleção Brasileira que vai para os Jogos Olímpicos de Paris.
A CBDA fez um pequeno questionário onde cada um dos 20 nadadores, 18 deles das provas de piscina mais Ana Marcela Cunha e Viviane Jungblut das águas abertas apontaram “como foi o seu início no esporte”?
A grande maioria das respostas veio da influência familiar, mas também teve outras boas histórias.
Foi através da família com Maria Fernanda Costa, a Mafê que já havia revelado a influência e participação de seu pai na sua natação e das irmãs num episódio da SWIM CHANNEL TV. Murilo Sartori também cita os pais no início do esporte em Americana e Guilherme Costa vai até mais longe, fala do apoio e recomendação dos avós em Itaguaí, no interior do Estado do Rio de Janeiro.
Três nadadores da Seleção, Giovanna Reis, Guilherme Caribé e Kayky Mota tiveram o incentivo extra, não só de pais, mas que também foram seus primeiros professores. A mãe de Giovanna foi sua primeira professora e ela tinha apenas quatro meses. Com Caribé, o pai Mateus foi seu primeiro treinador e com Kayky foi ainda mais longe. Sérgio, seu pai, além de primeiro treinador também dizia que ele um dia poderia ser olímpico. Estava certo o paizão.
Nick Albiero não teve só um dos pais professor, mas os dois. Para ser mais exato, a mãe Amy, foi a primeira professora, lhe ensinou a nadar, e o pai, Arthur, seu treinador nas grandes conquistas, inclusive os títulos do NCAA defendendo a Universidade de Louisville.
Os irmãos também entraram nesta influência para o início de nossa seleção. Marcelo Chierighini, que passou a nadar já tarde na adolescência, mas sempre seguindo os passos do irmão. Viviane Jungblut também entra nesta categoria, os irmãos mais velhos foram determinantes para entrar neste esporte.
A rivalidade entre irmãos também tem suas influências nesta história. Segundo Fernando Scheffer, a natação veio como hobby, mas logo ganhou outra conotação, era a única chance dele ganhar alguma coisa do irmão mais velho, Augusto.
Natação é considerado um dos esportes mais saudáveis e recomendados por pediatras. Ainda mais em casos de doenças respiratórias, foi o que levou Guilherme Basseto para a as piscinas no tratamento contra a bronquite. Breno Correia quando pequeno ficava doente com frequência e, embora fizesse outras atividades físicas, foi a natação, e a recomendação médica, que lhe deu saúde e a natação brasileira ganhou um atleta olímpico.
Gabrielle Roncatto foi levada pelas duas razões, o irmão mais velho que já praticava o esporte e a recomendação médica. Beatriz Dizotti é outra que aponta a saúde como a razão do seu início e a melhora respiratória. Coisa que fez toda diferença para se tornar na melhor nadadora de 1500m livre do Brasil em todos os tempos.
A prática de um esporte como parte do desenvolvimento foi o motivo que levou Maria Paula Heitmann a iniciar na Academia Gota em Belo Horizonte e a mesma coisa para Stephanie Balduccini que, segundo a mãe, precisava colocar os gêmeos (Stephanie e seu irmão Ricardo) para aprender a nadar. Gabriel Santos também foi nesta linha, numa pequena academia na Zona Leste de São Paulo.
A segurança aquática é fator determinante na educação esportiva. E foi isso que fez os pais de Eduardo Moraes a colocá-lo na Academia Gota, em Belo Horizonte, a mesma que Maria Paula começou a nadar. O apego ao esporte veio logo, e mesmo mudando ainda pequeno para Cabo Frio, no Rio de Janeiro, ele nunca mais parou.
Diferente de todos os demais, não foi na piscina que Ana Carolina Vieira começou neste esporte. Foi aprender a nadar no mar, e as águas abertas foi onde começou a competir em Ubatuba, no litoral paulista. Este encanto nas águas abertas veio cedo com Ana Marcela Cunha, nadou uma mini travessia com apenas 10 anos de idade, e segundo ela mesmo “não parei mais”. Ainda bem!
Diferentes histórias e caminhos, que nos deram os 20 nadadores que vão nos representar na Olimpíada de Paris. Que suas histórias sejam inspiradoras para outras tantas crianças pelo país afora.
Viva a natação olímpica do Brasil!
Histórias inspiradoras mesmo. Que continuem abençoados por Deus e conquistem cada dia mais vitórias em suas vidas.