Pairava no ar um clima de incerteza no esporte olímpico nacional após término dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 devido a possíveis cortes nos patrocínios das estatais para as confederações esportivas. Com a crise política e econômica que o país vem atravessando, falou-se inclusive no rompimento total dos contratos desses órgãos com as representantes das modalidades. Porém, de acordo com Guilherme Campos, presidente dos Correios, tudo não passou de “mera especulação”.
A companhia anunciou que irá renovar seus contratos de patrocínio com as três confederações que apoia: a Confederação Brasileira de Handebol (CBHB), a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) e a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Porém, os valores dessa renovação serão menores do que os atuais. Segundo reportagem do site Máquina do Esporte, além dos Correios outros órgãos como Petrobras, Banco do Brasil e Caixa também farão uma redução no pagamento de patrocínios as confederações.
Ainda segundo o presidente dos Correios, as despesas para as três confederações estavam na casa dos R$ 300 milhões por ano em 2015 e foram reajustadas para R$ 180 milhões em 2016. A meta para o ano que vem é baixar o valor pela metade, que também significa uma redução no caixa das entidades. A CBDA por exemplo recebeu em R$ 48,7 milhões oriundo de patrocínio estatal entre 2014 e 2016 e terá que lidar com menos dinheiro a partir deste ciclo olímpico.
Mesmo com essa redução nas verbas da entidade, o cenário ainda pode ser considerado bom levando em conta que a CBDA ainda atravessa uma grave crise política e de gestão que culminou no pedido de afastamento do presidente da entidade, Coaracy Nunes Filho. Haverá menos dinheiro em caixa e a Confederação terá que traçar estratégias para administrá-lo da melhor forma possível.
Por Guilherme Freitas