Missão cumprida e ‘sorriso recuperado’ para Diana Durães, na única prova que foi nadar ao Mundial de Budapeste: obteve a sua terceira melhor marca de sempre e mínimo para o Europeu de Roma em Agosto.
Foi a 11ª atleta no Campeonato do Mundo aos 1500m livres em 16.25.23, cumprindo por mais de três segundos a marca exigida pela FPN para estar em Itália no Europeu, 16:28.47. O acesso à final (onde estarão duas brasileiras e uma chilena) encerrou nuns exigentes 16:13.52.
Sensação de objetivo cumprido Diana? “Como disse, o nosso objetivo sempre foi a qualificação para o Europeu, mas não quis colocar qualquer pressão a mim mesma”; quando dizes ‘nosso’ a quem te referes? “Neste caso eu e o Ricardo [Santos, o seu treinador], mas claro que o SL Benfica, o médico, treinador, fazem todos parte do processo”, esclarece a benfiquista.
Sobre a prova e marca em concreto foi frontal: “não foi a minha melhor marca, é verdade, mas fui 11ª do mundo e qualifiquei-me para o Europeu. Mas para mim esta prova hoje foi muito mais que isso: fez-me sentir que o meu corpo está recuperar aos poucos, e principalmente voltei a sentir-me a Diana a nadar, algo que não sentia há muito tempo”, explica a multi-recordista e campeã portuguesa, que após os Jogos Olímpicos de 2021 demonstrou enorme coragem ao assumir estar a lidar com distúrbios alimentares na sua carreira.

Agora, os resultados começam, claramente a aparecer, e Diana pode sonhar com uma presença nos Europeus de Roma em alto nível.
Aliás a marca de domingo de manhã não foi só a sua melhor da época, é também ainda melhor que a boa marca que Tamila Holub já havia realizado a 31 de março nos Nacionais em Coimbra (16.28.19), e além de ser a terceira melhor da sua carreira, dá-lhe um lugar no top 15 europeu do ano.
E se recordarmos que no Europeu de maio de 2021 – nesta mesma Duna Aréna de Budapeste – o acesso à final dos 1500m livres fechou em 16:22.37, então podemos acreditar que a olímpica portuguesa pode chegar à final. E porque não ser acompanhada por Tamila Holub, já finalista no Europeu de há um ano? Seria histórico e a primeira vez que a natação feminina lusa teria duas atletas numa mesma final de um Europeu.
Para já vem o descanso da ‘guerreira’, físico e mental, com a sensação do dever cumprido neste desafio; venha o próximo.