A principal competição da natação brasileira também é rica em histórias, muitas histórias. Uma delas trata daquele que é o maior vitorioso da competição em uma única edição. Estamos falando de Djan Madruga campeão de 12 provas, nove medalhas de ouro individuais e mais três revezamentos no Troféu Brasil de 1978.
A natação carioca dominava o Troféu e foi surpreendida com a vitória do Pinheiros, o seu primeiro título nacional em 1977. Assim, o Troféu Brasil de 1978 ganhava um significado ainda mais especial para a já esperada briga entre a dupla Fluminense e Flamengo com a reconquista do título para o Rio de Janeiro.
Não bastasse isso, a competição marcada para a piscina do Fluminense fez com que o treinador Denir de Freitas estabelecesse um plano “infalível” para ganhar o título. Uma estas armas estava em Djan Madruga.

Vivendo o melhor da sua carreira, Djan estava no segundo ano de faculdade nos Estados Unidos, na Universidade de Indiana onde treinava com o lendário James Counsilman. Nadar muito e versatilidade sempre foi das especialidades de Djan, e o desafio estava posto: 12 provas na competição.
Não foram vitórias fáceis, em algumas delas Djan nem era o favorito para a prova. Entre todas as nove individuais, a mais expressiva, e surpreendente, foi bater o recordista sul-americano da prova, Romulo Arantes nos 200m costas. Djan venceu estabelecendo a marca continental e quebrando uma sequência de cinco anos sem derrota de Romulo na prova. Detalhe que após o recorde sul-americano nos 200m costas, Djan voltou a quebrar o recorde continental desta prova por outras sete vezes dominando a mesma até o aparecimento do jovem Ricardo Prado cinco anos depois.

Campanha de Djan 12 ouros no Troféu Brasil 1978
Dia 1
200m borboleta 1º – 2:08.93
400m livre 1º – 4:07.74
Dia 2
200m livre 1º – 1:57.33
400m medley 1º – 4:41.30
200m costas 1º – 2:06.77 Recorde Sul-Americano
4x100m livre 1º
Dia 3
100m livre 1º – 54.25
200m medley 1º – 2:12.37
4x200m livre 1º
Dia 4
100m borboleta 1º – 58.32
1500m livre 1º – 16:27.75
4x100m medley 1º
Na história do Troféu Brasil de Natação, nunca um nadador foi capaz de vencer tantas provas em uma só edição, recorde mantido por Djan Madruga até os dias de hoje.
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Eu estava lá na piscina do Fluminense e vi tudo isso! Na mesma edição, Maria Elisa Guimarães se tornou a primeira sul-americana a nadar os 100L abaixo de 1 minuto.
Verdade grande Chico, nosso recordista sul-americano de do nado de peito, foi um feito histórico dela!
Conhece Vicente de Paula Lima?
Nadador mineiro dos anos 50 60.
Tenho anotações da época, recorte de jornais.