É o melhor resultado de sempre da natação artística portuguesa, um 16º lugar no Campeonato do Mundo, e com 79.3333 pontos, novo ‘recorde’ do dueto Beatriz Gonçalves e Cheila Vieira.
“Estamos muito muito contentes com a performance delas”, disse-me ontem após a prova, entusiasmada, a selecionadora nacional da FPN Sylvia Hernandez, logo reforçando: “super contentes porque ultrapassámos países que nunca tínhamos ultrapassado, como a Colômbia, Brasil (18º lugar), São Marino, Singapura… E a coreógrafa já nos deu os parabéns e disse que estamos prontas para o ‘next level’ [nível seguinte]…” disse-me com um sorriso.
A coreógrafa é a ucraniana Olga Pylypchuk, uma das referências mundiais nesta modalidade tão artística e performativa, e que foi a autora da coreografia lusitana para o Mundial de Budapeste.
E a pontuação? “Bom, ficou um sabor agridoce, tão perto dos 80 pontos, mas a Coreia p.e. tinha 84 pontos há pouco e agora fez 80; nós não descemos na nossa pontuação, subimos, e portanto estamos muito, muito, mesmo muito felizes.”
Além da ótima classificação verdade? “Sim, passámos de 31º lugar no último mundial entre 48 países, para um lugar 16 entre 35 duetos, e isso achamos ser um êxito inigualável”, disse Sylvia, que faz dupla nesta seleção com a treinadora Chilua Pegado.

Meses longe de casa compensaram
Beatriz e Cheila ficaram ontem a quatro lugares do apuramento para a final (top 12), demonstrando que os longos meses de treino intensivo longe de casa (são da GES Loures), no centro de treinos da FPN em Lagos, tem dado frutos: no Europeu de 2021 obtiveram também a sua melhor classificação de sempre; na prova de apuramento para os Jogos Olímpicos de Tóquio ficaram apenas a três lugares de distância do sonho; e no Open de Paris há menos de três meses foram sétimas.
Sempre a crescer e a subir de rendimento…e as expectativas são agora grandes para o Europeu de Roma, em agosto. Venha então o ‘next level’.