Michael Phelps, maior medalhista de ouro em Jogos Olímpicos, falou em uma entrevista recente à agência Reuters que acredita que não ocorrerá quebra de recordes mundiais na próxima edição ano que vem em Tóquio. Phelps comentou que a interrupção nos treinos e rotinas causada pela pandemia do COVID-19 pode fazer com que os atletas façam marcas menos expressivas em suas provas. Ele ainda acredita que os nadadores foram colocados em desvantagem este ano com as limitações de treinamento.
“Existem atletas por aí que controlam tudo o que podem controlar. Eles estão nadando como deveriam, estão levantando pesos, mas, honestamente, acho que atrasar um ano lança um ciclo maior do que todo mundo pensa. O melhor dos melhores vai conseguir e você vai ver algumas provas muito boas. Mas recordes mundiais? Acho que não”, disse Phelps que diz acreditar que a pandemia afetará a velocidade dos nadadores em Tóquio. “Com todas essas piscinas fechadas, alguém teria que ser quase perfeito no resto da preparação para ter essa chance”, completou o dono de 28 medalhas olímpicas.
Talvez essa seja a maneira de Phelps de motivar seus colegas no esporte que estão treinando para tentar obter sucesso olímpico. Phelps era conhecido por ouvir comentários dos rivais como Chad Le Clos e Milorad Cavic, por exemplo, e usá-los para se motivar o que acabava sempre dando certo. Quem não lembra de suas vitórias sobre Le Clos nos Jogos do Rio-2016 ou das duas vezes que bateu Cavic em Pequim-2008 e Roma-2009?
Devido a pandemia tivemos poucos eventos internacionais em piscina longa durante a temporada. Dos dez recordes mundiais estabelecidos este ano, nove aconteceram em piscina curta. Em 2020 a única marca mundial em piscina de 50 metros foi com o revezamento 4x100m medley misto da China durante as disputas do campeonato nacional em outubro. Em provas individuais quem mais chegou perto de estabelecer um recorde foi o italiano Gregorio Paltrinieri que ficou próximo da marca de Sun Yang nos 1500m livre durante o Troféu Sette Colli em agosto.
