Ano olímpico, e o que falta para selar uma boa preparação para os atletas brasileiros é… competir. Testes. Cair lado a lado dos melhores do mundo – ou, pelo menos, alguns deles. A volumosa delegação brasileira já embargou para os Estados Unidos para disputar os cada vez mais populares Grand Prix americanos. Entre quinta-feira e sábado, 3 a 5 de março, acontecerá o GP de Orlando, em uma hoje rara união de boa parte da seleção olímpica nacional.
Serão 19 brasileiros a cair na piscina representando a CBDA, entre outros que foram de forma independente, com a presença de Cesar Cielo, que se mudou outra vez para o país com sua família em janeiro. Será um dos últimos grandes testes antes da derradeira seletiva olímpica para os brasileiros, o Troféu Maria Lenk, em abril.
Quatro nomes já classificados para os Jogos integram o time feminino: Etiene Medeiros, Graciele Herrmann, Joanna Maranhão e Manuella Lyrio.
Por que será interessante acompanhar? Bem, além dos motivos óbvios pelo nível da competição, que contará com Michael Phelps em quatro provas, sendo duas delas bastante inusitadas (100m livre, 100m borboleta, 100m costas e 200m peito), será a chance de ver Cesar Cielo novamente testando seu potencial nos 100m livre, além dos 50m. A incógnita sobre a participação do campeão olímpico no revezamento brasileiro 4x100m livre ainda intriga até mesmos os heach coaches das principais equipes e do time nacional. Vê-lo em ação na prova em que foi bronze em Pequim-2008 pode ajudar a tirar dúvidas e confirmar a formação do quarteto que brigará por medalha no Rio. Fratus disputará as mesmas provas que Cesão. Ambos se depararão com o jovem Caeleb Dressel, 19 anos, que quebrou recentemente o recorde das 50m jardas livre que pertencia a Cielo, além de Nathan Adrian nos 50m livre.
Para tornar o encontro de medalhões mais interessante, o 100m livre promete uma disputa assaz interessante: além dos já mencionados Cesar e Fratus, Chierighini e Matheus Santana engrossam a lista de brasileiros especialistas, a encararem Phelps, Adrian e também o argentino Federico Gabrich, medalhista da prova no Mundial de Kazan, no ano passado. Na prova, dos dez melhores tempos, seis são brasileiros. Dos 16, são oito conterrâneos, contra cinco americanos.
Já Thiago Pereira segue apostando nos 100m borboleta, prova ainda bastante aberta na seleção brasileira, além dos 200m e 400m medley. Será a oportunidade de vê-lo enfrentar Henrique Rodrigues outra vez, em um duelo acirrado mas que, infelizmente, não contará com Phelps e Lochte.
Já que para os americanos testar é necessário e importante, os fãs não verão o fenômeno Katie Ledecky nas suas provas de medalhas “garantidas”. A jovem está fora dos 400m e 800m livre, e nadará os 200m livre, sua prova mais “fraca” – se é que podemos falar em fraqueza quando se trata da multirecordista -, além dos 50m e 100m livre e 200m e 400m medley.
Etiene ainda foca no 100m costas, em que não tem vaga olímpica garantida, e reencontrará Natalie Coughlin, americana que fez tempo melhor que a brasileira abrindo o revezamento de estilos no Pan-Americano do ano passado, mas que viu a brasileira vencer na prova individual. A pernambucana ainda disputa os 50m e 100m livre.
Por Mayra Siqueira
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