Therese Alshammar, Laure Manaudou, Oussama Mellouli, Katinka Hosszu, Inge de Bruin, Ryk Neethling, Georgina Bardach, Mireia Belmonte, Fred Bousquet, Kirsty Coventry, Jessica Hardy, Rebecca Soni, José Meolans, pode escolher, qual destes grandes nomes da natação mundial você acha que foi o maior estrangeiro que já nadou o Troféu Brasil Maria Lenk de Natação? A lista é enorme, tem até o famoso caso do Calotche, isso mesmo, o Ryan Lochte que foi contratado pelo Pinheiros e acabou não aparecendo.
A regulamentação do Troféu permite a participação de até dois atletas estrangeiros por equipe e eles pontuam normalmente. No caso das finais existe um limite de presença de apenas dois e ainda só podem ocupar as raias 0 e 9 desde que terminem as eliminatórias no Top 8. No pódio, todo mundo ganha medalha, os dois estrangeiros se terminaram no top 3 e os três melhores brasileiros da final A.

O Brasil tem um dos mais desenvolvidos sistemas clubísticos da natação mundial. Clubes bem organizados e estruturados, orçamentos altos e com comissões multi disciplinares oferecendo o que há de melhor para os melhores da natação brasileira. Não seria exagero apontar como referência a nível de disputas de certames nacionais ao redor do mundo.
Assim, a briga pelos pontos e medalhas vale muito. Esforço e investimentos. Foi assim que nasceu a oportunidade de adicionar nadadores estrangeiros inscritos exclusivamnte para a competição. O modelo vem sendo feito desde a década de 90 e foi o Minas Tênis Clube o percursor da iniciativa. Eram russos e russas os primeiros contratados e os resultados sempre fizeram muita diferença.

A verdade é que a natação brasileira melhorou, e muito. A busca pelos nadadores estrangeiros diminui. Atualmente, nenhum dos 16 recordes de campeonato no masculino são de estrangeiros, são todos dos nadadores brasieliros. Já no feminino, a estatística é outra, bem diferente. 13 dos recordes de campeonato são das estrangeiras e somente Etiene Medeiros nos 50m e 100m costas e Maria Fernanda Costa nos 200m livre conseguem quebrar este domínio internacional.
E não é a toa. São estrelas e mais estrelas. A dinamarquesa Jeanette Ottesen é a maior recordista de campeonato dona de quatro marcas: 50 e 100m livre, 50 e 100m borboleta, Mireia Belmonte da Espanha é a dona dos 400m livre, Lotte Friis da Dinamarca tem o tempo dos 800m livre e a chilena Kristel Kobrich nos 1500m livre. As americanas Jessica Hardy e Rebecca Soni detém as marcas de peito, Hardy os 50m, Soni os 100m e 200m. Katinka Hosszu da Hungria deixou saudades e três recordes no Troféu de 2014 dona dos recordes dos 200m borboleta, 200m e 400m medley. Ainda tem mais um recorde de campeã olímpica, Kirsty Coventry do Zimbabwe é dona da recorde dos 200m costas desde 2011 quando nadou pelo Minas.

Estes investimentos, entretanto, diminuíram, bastante. Os clubes brasileiros ainda seguem reforçando com eventuais atletas estrangeiros, mas sem nomes estrelares. Trazer um atleta do exterior também não é tão barato. A taxa de transferência internacional da CBDA é de mais de 5 mil reaise ainda tem passagens do exterior e, se for atleta de grande qualidade, algum tipo de bônus pelos seus resultados.
Katinka Hosszu foi nome fundamental na conquista do título do Corinthians campeão do Troféu Brasil de 2014. Mas a Dama de Ferro custou caro na época, pois além da exigência das passagens em primeira classe ainda teve uma bela premiação exigida e que nunca foi divulgada oficialmente pelo clube campeão.

Dono da maior natação da América do Sul, o Troféu Brasil Maria Lenk é destino de alto desejo entre nossos companheiros sul-americanos. Assim, todos os anos aqui estão argentinos, colombianos, venezuelanos entre outros, muitas vezes em busca de índices para competições internacionais ou até mesmo para defender e contribuir com algumas equipes brasileira.
No aguardo da divulgação do start list do Troféu Maria Lenk 2025 fica expectativa quem será que vem este ano?
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