Mais um grande ciclo na carreira esportiva de Renato Cordani. Aos 53 anos de idade, Cordani incluiu mais um grande feito em sua rica história de amor e dedicação ao esporte. Nesta terça-feira, depois de 8 horas e 24 minutos de natação em mar aberto, Cordani foi mais um para incluir seu nome no seleto grupo de atletas que fez a Travessia do Leme ao Pontal.
Os 36 quilômetros de natação em mar aberto é uma das mais tradicionais e importantes provas de águas abertas do país em história que começou com o nadador olímpico Luiz Lima em 2008 e oficializada através de uma associação, a LPSA, Leme ao Pontal Swimming Association, desde 2016.
A rotina diária de natação de 2 quilômetros teve de ser quebrada por Cordani para uma demanda maior na preparação para este desafio. Com a orientação do treinador Samir Barel e o devido acompanhamento nutricional de Flávia Delaroli, Cordani iniciou este projeto em 1o de setembro do ano passado chegando a cumprir sete semanas com seis sessões diárias de seis quilômetros.
“Me senti bem, nadei a prova toda de forma aeróbica” disse Cordani a SWIM CHANNEL. Sua largada foi exatamente as 4:43 da manhã e passava um pouco das 13 horas quando ele chega a praia do Pontal da Barra. Com água a 25 graus, sem correntes a favor, “mas um swell que ajudava” como o próprio Cordani reconhece, a travessia foi acompanhada de perto por um fiscal que oficializa o resultado do atleta.
No barco, acompanhando Cordani, o filho Rafael, e seu time de apoio. A cada 30 minutos, seguindo a risca a orientação de Flávia Delaroli a devida alimentação e hidratação. “A parte da Barra foi o mais difícil” indica Cordani depois de passar sem dificuldades pelo Leme, Copacabana, Leblon, Ipanema, São Conrado. É a parte final e mais desafiadora conforme a descrição de quem já fez a prova.
No final, mais uma conquista para a carreira de Renato Cordani. Ele que teve carreira de destaque como nadador, foi medalhista de Brasileiro Absoluto nos 200m peito, já tinha feito um grande registro nas águas abertas ao terminar em terceiro lugar a primeira Seletiva Nacional para o Campeonato Mundial de 1991, em Perth, na Austrália. Nove anos depois, outro grande desafio, ao fazer o seu primeiro Ironman. A carreira de esportista segue como nadador masters, e iniciou uma nova fase de gestor. Por quatro anos foi o diretor executivo da CBDA e desde 2019 é o atual vice presidente da entidade. Outra grande contribuição esportiva de Cordani é seu livro, “80 anos de história da natação brasileira” publicada em 2020.
Uma história que se mistura, em amor ao esporte, dedicação e muito comprometimento. Parabéns Cordani!