A élite mundial das águas abertas regressa a Setúbal para mais uma etapa – a terceira – da Taça do Mundo da World Aquatics, onde estarão nomes como Sharon Van Rouwendaal e Kristof Rasovszky, ou a portuguesa Angélica André, medalha de bronze no Europeu de 2022.
Serão 29 mulheres e 30 homens de 18 países que no Parque Urbano de Albarquel – no estuário do rio Sado – disputarão as seguintes provas:
Sábado – 27 de maio:
* 16:00 – 10 km masculinos
* 16:10 – 10 km femininos.
Domingo – 28 de maio:
* 15h30 – estafeta mista de 4×1500 m (sete países inscritos)
Portugal apresenta-se com Angélica André, Mafalda Rosa, Mariana Mendes, Tiago Campos e Diogo Cardoso.
Setúbal é já a mais icónica prova mundial de águas abertas, pois três das quatro qualificações olímpicas realizaram-se aqui: Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2021, assim como a abertura da FINA Maratona Swim World Series do ano passado.
Queremos ser competitivos
Para o diretor técnico nacional Daniel Viegas, o objetivo primeiro do quinteto de Portugal é “competir bem; nadar na frente, ser competitivos. Os nossos atletas estão bem. Criámos este período competitivo com várias provas, Campeonato Nacional águas abertas, Taças do Mundo no Egito e Itália. E a última etapa deste período competitivo forte é Setúbal. Depois teremos um mês de preparação para o Mundial de Fukuoka [águas abertas de 15 a 20 de julho], o grande objetivo da época”.
Para Setúbal, Daniel refere que os objetivos são “nadar na frente, sentir o grupo, ganhar ritmo competitivo, e os nadadores testarem os seus andamentos, sentirem o impacto da prova, tanto a nível da distância como do contacto físico”, mas acrescenta que “apesar de toda essa dinâmica, queremos competir bem e nadar na frente por lugares nos primeiros 15 e por algo mais”…
Há uma semana, no Golfo Aranci (Itália) Portugal alcançou “bons resultados, com o Tiago Campos, e um razoável resultado com o Diogo Cardoso. No sector feminino ficamos um pouco aquém das expectativas. A desistência da Angélica André em Itália foi fruto dela não se sentir bem do ombro com o fato isotérmico. Esperemos que esta semana isso esteja ultrapassado. Passou a semana a ser avaliada, a recuperar. Equacionou a possibilidade de participar ou não, mas a nadadora mostrou vontade em participar e irá competir bem”, esclareceu Daniel Viegas.
Fato: sim ou não?
Por definir está ainda a decisão de os atletas nadarem com ou sem fato térmico, pois a água tem rondado os 17º a 18º, e no início do ano os regulamentos passaram a definir que até 18 graus é obrigatório o uso do fato, sendo interdito o seu uso acima desta temperatura.
No segundo dia de competição disputa-se a estafeta mista de 4×1500 metros, com dois atletas femininos e dois masculinos, a atuarem de forma aleatória e definida pelo responsável técnico.
O DTN nacional refere que “se tudo correr bem Portugal participará entre as sete equipas inscritas, pois pode sempre haver uns imprevistos da prova de 10 km de sábado. Pretendemos nadar perto das seleções de referência com é a Hungria, Itália, França, seleções medalhadas em grandes competições”.
Entre os ‘melhores dos melhores’ merecem destaque Sharon Van Rouwendaal (Países Baixos), vice-campeã olímpica em Tóquio 2020 e campeã olímpica no Rio 2016, e Kristof Razofsky (Hungria), várias vezes medalhado em Mundiais e vice-Campeão olímpico em Tóquio 2021.