Quase três centenas de participantes e cerca de 100 oradores e convidados são os números do 45º Congresso da APTN, o primeiro presencial pós-pandemia, e que se realiza neste fim-de-semana em Leiria.
“Estou muito contente com estes números”, disse-me Aldo Costa, presidente da Associação Portuguesa de Técnicos de Natação, uma das mais antigas associações da classe no país, e de técnicos de natação na Europa; fundada em 1977, tem permitido importantes momentos de partilha de conhecimentos na área das modalidades aquáticas, já tendo passado pelo congresso inúmeros dos melhores técnicos mundiais, de portugueses a brasileiros, espanhóis, italianos, norte-americanos, entre muitos outros.
“Prezamos muito a reflexão anual da comunidade, procurando perceber onde podemos melhorar, e o que podemos fazer melhor”, acrescenta Aldo Costa, num ano que foi – porventura – o melhor de sempre na história da natação portuguesa, e em que, recordamos (entre outros):
– Diogo Ribeiro (SLB/CAR Jamor) foi medalha de bronze no Europeu absoluto, tricampeão mundial júnior e recordista mundial júnior;
– Gabriel Lopes (Associação Louzan) foi medalha de bronze no Europeu absoluto;
– Angélica André (FCP) foi a primeira mulher lusa a chegar às medalhas em Europeus absolutos (bronze em águas abertas);
– a natação artística chegou pela primeira vez a uma final de um Europeu absoluto;
– tivemos os melhores resultados de sempre no Europeu absoluto de Roma, com nove finais por intermédio de Tamila Holub (SC Braga, 2 finais), Camila Rebelo (Louzan), João Costa (Vitória SC), Diana Durães (SL Benfica), e Ana Catarina Monteiro (C. Fluvial Vilacondense), além do Diogo (2 finais) e Gabriel.
– resultados globais excelentes nos Jogos do Mediterrâneo, com mais medalhas que p.e. os colegas da seleção de atletismo;
-Mafalda Rosa (CN Rio Maior), 6º lugar no Campeonato Mundial Júnior de águas abertas;
A menos de dois anos dos Jogos Olímpicos de Paris as modalidades aquáticas nacionais, os seus atletas e técnicos, têm razões para estar otimistas e confiante nuns bons Mundiais de Fukuoka (julho de 2023) e nuns fantásticos Jogos Olímpicos de 2024; mas não perdendo de vista o panorama macro, sabendo olhar para dentro, para os aspetos a melhorar, e para a auto-reflexão que Aldo Costa deseja (juniores p.e., com resultados aquém do esperado em 2022; Diogo Ribeiro à parte).
Como novidade – entre outras – Aldo refere-me o “protocolo que a APTN assinará sábado de manhã com a organização Portugal Ativo, sendo também de destacar os 14 trabalhos propostos por alunos de licenciaturas e mestrados de diferentes universidades, o que é sempre um bom sinal”.
A Gala da APTN atribuirá sábado à noite o Prémio Carreira a um técnico português, não podendo ainda ser anunciado o seu nome; isto além dos prémios pelo “reconhecimento dos técnicos que mais se destacaram nas diferentes modalidades, mais na formação”. Já o Prémio Ensino não será este ano atribuído por falta de candidaturas.
Entre os convidados Aldo Costa refere que “estarão o presidente da FPN [parceira do evento] e da Liga Europeia de Natação, António Silva [também já foi presidente da APTN], além do presidente da CM de Leiria, da vice-presidente do Comité Paralímpico de Portugal, Leila Marques, de Pedro Sequeira [presidente da Confederação de Treinadores de Portugal] e do presidente do IPDJ Vítor Pataco ou, até, da ministra Ana Catarina Mendes”, o que à data ainda não estava confirmado oficialmente.
Swim Channel estará presente em Leiria a acompanhar o 45º Congresso da APTN, de modo a trazer-vos todas as novidades.