Segundo a Swimming World, a Agência Mundial Antidopagem (WADA), gastou US$ 600 mil em taxas legais em 2019 no caso do campeão olímpico Sun Yang. De acordo com a seção de divulgações financeiras do relatório anual de 2019, a WADA destacou a situação como o caso antidoping de alto perfil mais significativo realizado no ano e incluiu essa quantia de dólares investidos, entre taxas, advogados e outros fins.
O relatório, assinado pelo Diretor Financeiro da WADA Dao Chung, pode ser visto completo aqui. O julgamento perante o Tribunal Arbitral do Esporte rendeu uma proibição de oito anos para a estrela chinesa, o que efetivamente coloca um ponto final na carreira do nadador de 28 anos.
O nadador chinês foi julgado pelo CAS/TAS em novembro do ano passado e suspenso por oito anos devido ao polêmico caso onde destruiu amostras de um exame antidoping. O atual campeão olímpico dos 200m livre voltou ao noticiário depois de apresentar um novo recurso para reverter sua pena. Segundo a imprensa chinesa, a Corte Suprema da Suíça ainda não deliberou sobre a apelação.
A divulgação do financiamento da WADA gerou certa controvérsia. A WADA obtém uma grande parte de seu financiamento do governos (US$ 17,3 milhões no total). Os maiores contribuintes governamentais individuais, com US$ 1,6 milhão cada, são Polônia, Japão e China.
Isso significa que a China estava garantindo a acusação de um de seus atletas de maior destaque, e ao mesmo tempo pagava Sun Yang um salário de US$ 18.000 por mês, isso enquanto ele entrava em vários recursos nos tribunais. Veja mais sobre isso aqui.
Embora remotas chances de reversão, ficou constatado problemas de tradução no julgamento que, inclusive, chegou a ser interrompido por conta disso. O Tribunal Federal Suíço já havia dito que só decidirá em favor do nadador caso encontre graves falhas de procedimento do julgamento do CAS/TAS. Caso cumpra toda a suspensão, Yang só voltaria as piscinas em fevereiro de 2028.