Ricardo Prado começou a nadar aos cinco anos de idade influenciado pelos irmãos mais velhos. Sempre foi um talento precoce, tendo sido convocado pela primeira vez para a seleção brasileira absoluta aos 12 anos de idade. Sua estatura baixa (1,68m) nunca foi problema para encarar os principais adversários internacionais, já que tinha uma grande técnica e muitas vezes superava rivais mais altos e fortes.
No início dos anos 1980 mudou-se para os Estados Unidos, onde passou a treinar e estudar na Universidade Metodista de Dallas. Nessa época teve os melhores resultados da carreira, conquistando quatro medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Caracas em 1983 e o título mundial nos 400m medley em Guayaquil-1982 registrando um novo recorde mundial: 4min19s78.
Sua performance em Guayaquil foi histórica já que tornou-se o primeiro recordista mundial de natação brasileira em muitos anos, o último havia sido José Fiolo em 1968. Ricardo também foi alçado ao posto de ídolo do esporte nacional já que a principal modalidade do país, o futebol, estava em baixa e com isso atletas de outros esportes passaram a ter mais visibilidade e reconhecimento.
Sua maior conquista, porém, aconteceu nos Jogos Olímpicos de 1984, quando conquistou a medalha de prata. Ricardo chegou com status de favorito a Los Angeles e liderou mais da metade da prova, sendo superado no final pelo canadense Alex Baumann. Seu tempo de 4min18s45 vigorou como recorde sul-americano por quase 20 anos, até ser superado por Thiago Pereira em 2004.
Após a medalha olímpica, Ricardo ainda continuou nadando em alta performance tendo ido ao pódio no Campeonato Pan-Pacífico de 1985, quando foi campeão nos 400m medley e bronze nos 200m borboleta, e nos Jogos Pan-Americanos de 1987, quando ganhou três medalhas em sua última grande competição internacional com a seleção brasileira. Antes dos Jogos de Sul-1988 anunciou sua aposentadoria.
Após encerrar a carreira trabalhou como comentarista esportivo nos canais ESPN e Sportv, atuou no Comitê Olímpico do Brasil (COB) assumindo funções administrativas durante os Jogos Pan-Americanos de 2007 e os Jogos Olímpicos de 2016, ambos disputados na cidade do Rio de Janeiro e foi coordenador geral da CBDA. Em 2019 entrou para o Hall da Fama da Natação Brasileira em uma solenidade que ocorreu na sede da SWIM CHANNEL.