O Circuito da Copa do Mundo 2021 foi curto, durou menos de um mês e teve apenas quatro etapas, porém, não deixou de ter grandes resultados. Ao final, dois vencedores levaram o prêmio maior de 100 mil dólares, Emma McKeon da Austrália e Matthew Sates da África do Sul.
A Rainha Emma McKeon já tinha participado em Copas do Mundo, mas este ano foi absoluta. Liderou o circuito desde a primeira etapa e foi ameaçada pela neerlandesa Kira Toussaint nas duas últimas competições. Ao final, menos de um ponto separaram as duas.
Emma McKeon, 27 anos, vive a melhor fase da sua carreira. Filha de pai e tio olímpico, a mãe também foi nadadora da Seleção Australiana e conheceu o pai em uma viagem de competição. Emma com seu irmão David, foi uma das duplas de irmãos no time australiano da natação do Rio-2016.

Revelada nos Jogos Olímpicos da Juventude 2010, em Singapura, onde foi a nadadora mais medalhada da competição com seis subidas ao pódio. Em Tóquio, seu feito foi ainda maior. Foi a atleta com maior número de medalhas de toda competição, sete medalhas sendo quatro de ouro.
As medalhas de Tóquio combinados com outras quatro do Rio-2016 fazem de Emma Mckeon a atleta australiana mais medalhada da história olímpica, além de igualar o feito de ser a atleta com mais medalhas em uma edição de Jogos e se juntar a Ian Thorpe como a australiana com mais ouros olímpicos.
Versátil, magra, corpo longilíneo, Emma treina com Michael Bohl desde 2015. Foi o próprio pai, seu antigo treinador, que reconheceu estava na hora de passar para outro nível de performance. E deu certo, afinal já são mais de 45 medalhas internacionais pela Seleção Australiana.

Sem voltar para casa desde o training camp que antecedeu os Jogos Olímpicos em Tóquio, Emma evitou assim a quarentena obrigatória determinada pelas autoridades de saúde de seu país. Na campanha da Copa do Mundo, ninguém nadou tanto como ela, 29 provas e dez vitórias acumulando 144 mil dólares em prêmios e sendo coroada como a Rainha da Copa do Mundo. Foi a terceira mulher australiana, se junta a Marieke Guehrer em 2008 e Cate Campbell em 2019, como as vencedoras do circuito.
A disputa pela coroa do Rei também foi acirrada, e disputada até a última etapa, mas assim como no feminino, o vencedor foi líder desde a primeira etapa. Matthew Sates aos 18 anos se tornou o quarto sul-africano a conquistar o Circuito da Copa do Mundo e o mais jovem desde o início da competição.
Sates completou 18 anos na sua estreia olímpica, em 28 de julho quando nadou as eliminatórias dos 200m medley em Tóquio. No dia seguinte, chegou a semifinal e ficou em 14º lugar nadando para 1min58s75. Se tivesse repetido os 1min57s60 feitos no Grand Prix da África do Sul antes dos Jogos estaria na final.

Antes da Copa do Mundo, Sates foi desafiado pelo seu treinador Wayne Ridden e encarou um programa carregado no Sul-Africano de Curta. Foram 15 provas, 12 ouros, duas provas e uma desclassificação nos 100m medley. Pronto para encarar o Circuito da Copa do Mundo onde foi o maior vencedor de medalhas com 18 subidas ao pódio.
Mesmo liderando o Circuito desde a primeira etapa, outros quatro nadadores poderiam lhe tirar o título na competição final em Kazan. Sates garantiu a coroa e ainda terminou o Circuito com três novos recordes mundiais júnior (200m medley, 200m livre e 400m livre). Uma temporada e tanto para quem também se tornou recordista nacional e continental dos 200m livre e 200m medley em piscina curta.
Em janeiro, Sates deixa a equipe do Seals Swim Club na África do Sul. Embarca rumo aos Estados Unidos onde vai fazer parte da Universidade da Geórgia. Lá, vai ter o também sul-africano Neil Versfeld como treinador, relação que ajudou muito na escolha da equipe.





































