O nadador ucraniano Mykhalo Romanchuk, medalhista olímpico em Tóquio-2020, está treinando com o alemão Florian Wellbrock na Espanha, segundo informações da Federação Alemã de Natação. Ambos estão nadando juntos temporariamente no centro de treinamento de alta altitude de Sierra Nevada, na Espanha. Também compõem a equipe de treinamento na altitude a esposa de Wellbrock, a também medalhista olímpica Sarah Kohler.
Após retornar da Espanha na próxima semana, Romanchuk irá para a Alemanha onde continuará treinando no centro em Madgeburg, mesmo local onde Wellbrock treina com sua equipe. O casal alemão entrou em contato com Romanchuk e o ajudou deixar a Ucrânia após a invasão russa.
“Penso na Ucrânia o tempo todo, na minha esposa, na minha família, nos meus amigos. Não consigo pensar em treinar normalmente. É difícil. Se eu não tivesse vindo aqui, provavelmente teria encerrado minha carreira. Então eu teria que pegar uma arma e ir para a guerra”, disse Romanchuk na agência alemã de notícias ARD
A Federação Alemã de Natação fez esforços públicos significativos para ajudar os refugiados da guerra na Ucrânia, incluindo a organização de campanhas de arrecadação de fundos e coleta de suprimentos. O nadador ucraniano e recordista mundial dos 50m borboleta, Andrii Govorov esta morando na Alemanha e montou dois acampamentos de natação para arrecadar fundos em ajuda humanitária para seus compatriotas.
Boicote ao Mundial
Existe uma possibilidade de atletas europeus boicotarem a participação no Campeonato Mundial de Budapeste. A Federação Alemã de Natação estuda não enviar nadadores ao Mundial deste ano caso atletas russos e bielorrussos, disputem a competição. O Ministério do Interior alemão anunciou recentemente que não fornecerá ajuda financeira a atletas do país que participem de competições com atletas da Rússia e Bielorrússia.
A Federação Suíça e a Federação Polonesa já anunciaram oficialmente e publicamente que não competirão no Mundial de em Budapeste caso atletas russos e bielorrussos estejam presentes no evento. Outras seleções do continente também poderão aderir a campanha.
A FINA é uma das poucas organizações esportivas internacionais que não baniu atletas russos e bielorrussos de seus evento. A entidade resolveu não proibir a participação de atletas e oficiais russos em competições internacionais, mas proibiram bandeiras e símbolos russos e bielorrussos.
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