Eleito por aclamação em junho, o novo Presidente da FINA Husain Al-Musallam esteve na semana passada por dois dias no Brasil. Visitas de mandatário da FINA ao Brasil não é novidade, aqui estiveram no passado, Mustapha Larfoui que presidiu a entidade de 1988 a 2009 e Julio Maglione, presidente de 2009 a 2021.
A diferença é que agora não havia uma competição, um evento, foi realmente uma visita de cortesia, e de ações para os esportes aquáticos do Brasil. Desde que assumiu a presidência há cinco meses, Al-Musallam tem viajado o mundo todo acompanhado eventos e anunciando reformas para os esportes aquáticos.
Sua presença em eventos internacionais tem sido uma constante e para estar no Brasil ele deixou de ir ao Europeu de Piscina Curta que acontece em Kazan, na Rússia. Vindo de Angola, Al-Musallam passou pelo Brasil e viajou para o Mundial da Divisão II do polo aquático na Colômbia e estará no Sul-Americano Juvenil de Natação no Peru.
No Brasil, acompanhado do Presidente da Federação Portuguesa de Natação, Antônio José Silva, Al-Musallam esteve no COB e na CBDA. Discutiu os planos e ações que pretende incluir o Brasil no cenário internacional. O projeto da FINA “Swimming for All” vai ter a participação do Brasil que, na opinião do novo Presidente da FINA, possui posição de liderança e deve estar a frente de alguns projetos.
A FINA vai anunciar e aprovar toda a lista de providências que o Comitê de Reformas pretende implantar a partir de 2022 na entidade. Todo o projeto será anunciado durante o Campeonato Mundial de piscina curta que acontece em dezembro, em Abu Dhabi. Outra intenção da FINA é aumentar a participação dos esportes aquáticos do Brasil dentro da entidade e no cenário internacional.
Quando assumiu a presidência em junho, Al-Musallam prometeu que iria revisar todos os processos e melhorar a imagem da entidade. Desde então, cortou inúmeras despesas, promoveu reforma administrativa na entidade e cortou as polpudas ajudas de custo para os dirigentes em viagens internacionais. Ao mesmo tempo, aumentou em 50% os prêmios para os atletas no Mundial de Abu Dhabi que será a competição com maior premiação da história da FINA.
As mudanças mais radicais passarão a ser implantadas depois do Mundial de Fukuoka. A intenção é reformular todo o processo administrativo e competitivo de todas as modalidades aquáticas. Neste processo, o Brasil será parte ativa inclusive já apresentando intenção de realização de eventos mundiais no país. A CBDA manifestou interesse em trazer para o Brasil uma etapa da Copa do Mundo de Natação, uma etapa do FINA Marathon Swim Series 10 km e um Mundial Sub-20 de Polo Aquático.
Junto com os dirigentes da CBDA, também estava o medalhista olímpico Thiago Pereira, integrante da Comissão de Atletas da FINA, o qual foi convidado pelo Presidente Husain Al-Musallam para uma ação internacional que deverá ser anunciada em breve.