Nascido em Santos, Djan Madruga foi criado no Rio de Janeiro onde aprendeu a nadar aos seis anos de idade após quase morrer afogado na Praia de Copacabana. Tornou-se um talento precoce e multi talentoso sendo excelente em todos os estilos e bastante competitivo. Após um período no Botafogo, mudou-se para o Fluminense na adolescência onde colheu diversos títulos e chegou a seleção principal com apenas 15 anos.
Em 1975 se tornou o primeiro brasileiro a nadar os 1500m livre abaixo de 16 minutos (15min56s20) e também disputou seu primeiro Pan-Americano na Cidade do México e ganhou três medalhas de bronze na competição. No ano seguinte esteve nos Jogos Olímpicos de Montreal e ficou muito perto do pódio ao terminar em 4º lugar nos 400m e 1500m livre. Nas eliminatórias dos 400m livre bateu o recorde olímpico ao nadar para 3min59s62. A boa campanha olímpica lhe abriu portas na natação americana.
Após receber convites, optou pela Universidade de Indiana. Lá foi estudar educação física e trabalhou com Doc Counsilman e Mark Schubert. Em 1979 foi um dos grandes destaques dos Jogos Pan-Americanos de San Juan ao subir seis vezes no pódio e no US Open de 1980, meses antes dos Jogos Olímpicos de Moscou, fez uma performance histórica. Ele venceu os 400m, 800m e 1500m livre com três recordes sul-americanos. Sua atuação nos 800m livre foi brilhante: 7min59s85, segunda melhor marca de todos os tempos e recorde continental que permaneceu vigente durante 29 anos.
Chegou a Moscou como candidato ao pódio olímpico, mas não conseguiu uma medalha nas provas individuais tendo sido finalistas nos 400m livre e 400m medley. Porém, a medalha veio com o revezamento 4x200m livre ao lado de Jorge Fernandes, Marcus Mattioli e Cyro Delgado. Djan fechou o revezamento que com o tempo de 7min29s30 garantiu a medalha de bronze.
Após a medalha olímpica ainda foi ao pódio na Universíade de Bucareste-1981 e nos Jogos Pan-Americanos de Caracas-1983. Antes de deixar a natação competitiva conseguiu se classificar para os Jogos Olímpicos de Los Angeles, mas não conseguiu chegar a nenhuma final. Djan se despediu da natação em 1986 durante o Troféu Brasil quando ganhou sua última medalha. Nesta época dividia a atenção com o triatlo, chegando inclusive a completar uma edição do Ironman no Havaí.
Mas Djan não conseguiu ficar muito tempo longe das piscinas e voltou a nadar como master pouco tempo depois. Desde então tornou-se um dos maiores medalhistas e nadadores master da atualidade, somando medalhas e recordes mundiais. Tem também uma academia de natação no Rio de Janeiro, já trabalhou para o antigo Ministério do Esporte e Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), foi comentarista de natação em diversas emissoras de TV e ministra anualmente cursos ASCA para técnicos da modalidade.