Este mês teve início a tão esperada International Swimming League (ISL), uma nova competição internacional que reúne diversas estrelas de natação mundial em sete etapas disputadas entre a Europa e os Estados Unidos. O evento, idealizado pelo bilionário ucraniano Konstantin Grigorishin, tem como objetivo dar maior visibilidade a modalidade e aos nadadores através de uma liga mundial, além de oferecer uma grande premiação aos atletas participantes.
Mais de 100 nadadores foram divididos em oito equipes que são como seleções globais, reunindo atletas de diferentes nacionalidades. Ao todo nove brasileiros estão participando da competição: Breno Correia, Larissa Oliveira, João de Lucca, Marcelo Chierighini, Jhennifer Alves, Felipe Lima, Vinicius Lanza, Guilherme Guido e Bruno Fratus. Este último foi a grande novidade da última semana ao ser anunciado como novo membro do time London Roar, capitaneado pelo britânico Adam Peaty.
Bruno vem tendo uma boa temporada em 2019. Foi vice-campeão mundial e campeão pan-americano nos 50m livre, além de ter até o momento o terceiro melhor tempo do ano na prova: 21s31. Após o giro de competição entre junho e agosto, ele retornou aos treinamentos no Estados Unidos visando continuar sua preparação olímpica rumo a Tóquio-2020. Veio então o convite para integrar o time London Roar e fazer parte do novo circuito, que nas palavras do atleta “é muito mais do que uma competição inovadora. É a voz dos atletas sendo ouvida”.
“A partir do momento que dizemos “o que temos não esta bom, vamos fazer algo novo” mandamos uma mensagem muito importante ao mundo da natação e fazer parte desse coro é um privilégio muito grande. Além disso a época é propícia para o teste. Competir em alto nível é sempre bem vindo, sempre nos da muita informação valiosa para ajustar a temporada”, disse o velocistas que estreia na competição neste fim de semana na etapa de Lewisville, nos Estados Unidos.
E não deixa de ser uma surpresa que Bruno tenha decidido nadar o ISL. Afinal, a competição é toda disputada em piscina curta e o velocista não é dos mais apaixonadas pela piscina de 25 metros. “Eu detesto piscina curta. Não é nem um pouco confortável para mim, não favorece a minha característica e a prova não flui naturalmente. Mas justamente por isso considerei participar do circuito da ISL. É uma forma de me forçar a sair da zona de conforto. Um exercício importante e que considero muito bem vindo no momento”, disse o velocista que além dos 50m livre, poderá integrar os revezamentos do London Roar.
A entrada de Bruno no evento é positiva não só para a ISL como também para o nadador. O torneio ganha com a presença de um dos melhores nadadores do mundo na atualidade que deve protagonizar vários duelos eletrizantes contra outras estrelas. E o brasileiro, como disse acima, testa sua habilidade em outro tipo de competição buscando continuar sua evolução nas piscinas.