O Circuito Mares, uma das mais respeitadas competições de águas abertas do Brasil, foi criada em 2014 pela Interativa Esportiva com o intuito de explorar as belas praias do litoral norte de São Paulo, especialmente Ubatuba, Ilhabela, Caraguatatuba e São Sebastião.
Fabrício Vieira, idealizador do evento, conversou com a SWIM CHANNEL e contou um pouco de sua história assim como a do Circuito, que cresce a cada etapa. Os números são impressionantes. A média de participantes por etapa é de 2 mil inscritos, e a cada prova mais e mais nadadores experimentam a maratona aquática e participam de um dos mais charmosos e desafiadores circuitos de São Paulo.
“A natação entrou na minha vida e não sairá jamais. É um estilo de vida, onde me concentro, medito, resolvo minhas questões pessoais. Estou em um patamar de relacionamento com a natação em que as conquistas são consequência do quanto me dedico. O que me alimenta é nadar”, comenta Fabrício.
Educador físico e pós-graduado em administração e marketing esportivo, Fabrício tem especialização em treinamento esportivo e começou a nadar ainda na infância, quando já participava das competições de natação. Durante um treinamento de triatlo em 1996, fez sua primeira prova de maratona aquática. “Nessa época eu já não participava mais de provas de piscina, então passei a mesclar as provas de triatlo, corrida e maratona aquática”, diz.
Com o passar do tempo ele resolveu criar o Circuito Mares puramente pelo amor à natação. “Eu participei de todas as provas que existiam no Brasil até 2011 e de algumas fora, mas a experiência como atleta de triatlo e corrida me deu outra visão do que seria realmente um evento esportivo. Não havia praticamente nenhum evento de maratona aquática nesse patamar no Brasil, então me dediquei a fazê-lo”, relembra.
O Circuito Mares conta com provas para todos os gostos e são divididas em três categorias. Existe a short (provas com distâncias que podem variar entre 500m e 1,5 km), a marathon (tendo provas com distâncias que variam de 1,5 km e 4 km) e a challenge (que tem provas com distâncias que vão de 4 km a 12 km). Além disso, a competição conta com provas para crianças e de mais duas modalidades: o aquathlon e a corrida de rua.
“É bastante gratificante ver a trajetória do Circuito Mares, principalmente porque o Mares não se trata de um evento que entrou no mercado com injeção de dinheiro. O projeto nasceu e cresceu dentro da comunidade da natação, os treinadores foram reconhecendo e contribuindo com o projeto, os nadadores da mesma forma, aderiram ao espírito do projeto. Isso é muito gratificante porque da uma identidade ao projeto, esse era nosso sonho maior quando desenhei o projeto e hoje é realidade”, afirma.
Foram muitos os desafios que Fabrício teve na criação do projeto, entre ele, ele destaca alguns. “Um projeto como esse mobiliza vários setores da economia e muitos desses setores não dão crédito para novos projetos. É um pouco daquilo que vemos na carreira de atletas, primeiro se vence depois se tem crédito e não o contrário como deveria ser”, diz.
O Circuito Mares vem crescendo devido, entre outros fatores, ao fato dos atletas enxergarem o evento como bastante competitivo e ao cenário da maratona aquática no Brasil.
“Estamos em franco crescimento, com novos eventos, mais atletas de expressão se revelando e mais praticantes de natação buscando águas abertas. Vejo um cenário bem interessante para modalidade que deve aproveitar esse time para se desenvolver e ganhar seu espaço”, comenta.
O evento também promove a Casa Mares uma iniciativa que une esporte, cultura, música, entretenimento e bem-estar para os atletas curtirem o fim de semana. Outra atração é a visibilidade que o evento possui, afinal de contas, sempre é bom ter um grande público para prestigiar o desafio.
“Acredito que o que atrai o público é essa identidade própria que o evento tem e a energia extremamente positiva que gira em torno dele nas provas por conta do prazer coletivo em estar ali, envolvido, fazendo seu esporte, e participando ativamente de todo o evento, desde a inscrição, a Casa Mares e a prova”, conta Fabrício.
“Quem participa do Mares uma vez reconhece esse espírito e a qualidade do evento, com certeza terá uma outra perspectiva de eventos esportivos e volta a competir com a gente”, completa.
No Circuito é comum a participação de nomes conhecidos e presentes nos eventos de águas abertas desde atletas olímpicos como Poliana Okimoto, Leonardo de Deus e Thiago Simon e outras referências da modalidade no país como Samir Barel, Artur Barone, Catarina Ganzeli, Vitória Farabolini, entre outros.
A próxima etapa seria realizada na Praia da Enseada, em Ubatuba no dia 26 de abril, mas por conta da pandemia do coronavírus teve que ser adiada. “A minha expectativa atual é que nossa sociedade vença a luta contra o COVID-19 para que todos nós possamos retomar as atividades regulares. Fora isso tenho certeza que vamos seguir crescendo”, finaliza Fabrício.
Para mais informações sobre o Circuito Mares acesse o site do evento aqui: http://circuitomares.com.br/.