Daniel Dias levou nove medalhas no Rio-2016 – Foto – Gabriel Heusi
Chegou ao fim a 15ª edição dos Jogos Paralimpicos e mais uma vez Daniel Dias foi o grande nome de toda a competição ao ser o paratleta mais medalhado do evento. Daniel terminou sua campanha no Rio-2016 na liderança do pódio empatado com o também nadador ucraniano Ievgenii Bogodaiko. Na piscina do Olympic Aquatic Stadium o brasileiro conquistou nove medalhas, sendo quatro de ouro, três de prata e duas de bronze.
Se dentro d’água Daniel não bateu nenhum recorde mundial, fora d’água ele atingiu uma marca histórica. Com o resultado do Rio-2016 o nadador atingiu 24 medalhas paralímpicas e conquistou mais um recorde: tornou-se o maior medalhista da história natação paralímpica entre os homens, superando o australiano Matthew Cowdrey. A recordista no geral é uma americana, Trischa Zorn que ganhou 55 medalhas em sete Paralimpíadas.
Daniel foi brilhante em suas quatro vitórias no Rio-2016. A primeira veio nos 200m livre onde ele sobrou, não dando chance aos rivais e ficando a apenas cinco centésimos do recorde paralímpico. Outra vitória muito superior aos adversários veio nos 100m livre com mais de quatro segundos de vantagem para o vice-campeão. Já nos 50m livre e 50m costas ele também sobrou e venceu sem dificuldades. Poderiam ser cinco ouros já que o nadador perdeu o ouro na chegada dos 50m peito para o chinês Junsheng Li.
Nos revezamentos Daniel também foi preciso. No 4x50m livre misto 20 pontos ele pode ter o prazer de dividir o pódio com seu grande ídolo Clodoaldo Silva. Foi graças a performance do Tubarão das piscinas em Atenas-2004 que Daniel começou a nadar. A prata neste revezamento foi a despedida perfeita para Clodoaldo que anunciou sua aposentadoria. Nos 4x100m livre 34 pontos (prata) e 4x100m medley 34 pontos (bronze) ele mostrou como é fora de série ao ser o único classe S5 a nadar as finais contra atletas de classe mais alta e que consequentemente são mais rápidos.
São 24 medalhas paralímpicas, dois tricampeonatos nos 100m e 200m livre e dono de dois Prêmios Laureus. Maior paratleta do Brasil e o maior nadador em Jogos Paralímpicos. E que pode seguir ampliando seus feitos em Tóquio-2020.
Por Guilherme Freitas