Os ultramaratonistas Harry Finger e Allyne Pacheco completaram nesta quarta-feira (25) a Travessia do Leme ao Pontal, da Leme to Pontal Swimming Association. Os dois, em forma de revezamento, completaram a prova de 35 km passando por belas praias em um dos trajetos mais bonitos da Cidade Maravilhosa.
A prova passar por praias e ilhas como as Praias de Copacabana, Ipanema, Leblon, São Conrado, Barra da Tijuca, Recreio e Pontal, assim como pelo Arquipélago das Cagarras e pelas Ilhas Tijuquinhas. Os dois nadaram, cada um uma hora, até completarem a distância de 35 km. A prova foi concluída em 10 horas e 13 minutos.
“Estávamos muito ansiosos para a prova, estávamos desde antes da pandemia tentando fazer. Tivemos duas oportunidades, um mês atrás ficamos três dias por lá, mas a maré não abriu e tivemos que voltar. E ontem foi muito legal, apesar do início complicado, porque tinha muita marola. Fiquei muito enjoado no barco, passei mal no começo, estava muito enjoado mas seguimos nadando, passava mal mas continuava nadando. Com o nascer do sol tudo muda, o visual melhora, estava um dia maravilhoso, estava bem marolado, mas tudo favorecendo o nado. Foi incrível”, comentou Harry.
Harry, que tem no currículo grandes provas como a 8 Bridges Hudson River Swim e o Canal da Mancha, comentou sobre a diferença de nadar um revezamento e uma prova individual. “O esforço de nadar estando treinado é diferente. No revezamento você tem a chance de descansar 1 hora e nadar 1 hora, ele acaba sendo mais tranquilo do que nadar sozinho, mesmo assim é um revezamento onde cada um nada praticamente 18 km, é um esforço bem grande, mas um desafio concluído. Estamos muito felizes e já pensando na próxima. Queria agradecer a organização da LPSA e agradecer o Igor de Souza, meu técnico e amigo”, concluiu Harry.
Allyne, natural de Ilhabela, tem 32 anos e comentou sobre a preparação para a prova, que teve que ser adiada algumas vezes. “Os treinos eram constantes, era bem difícil para eu acordar cedo, mas meu noivo Guilherme me deu o apoio e dava força para eu ir treinar a cada dia. Durante a semana nadávamos na piscina e no final de semana treinávamos no mar. A gente estava com uma expectativa muito boa para a prova, preparamos todos só suplementos direitinho, só não esperávamos enjoar”, comentou.
Assim como Harry, desde o começo da prova devido a marola, ela também passou mal, mas nada o que impedisse a performance. ” Já no embarque para o ponto de largada eu comecei a ficar um pouco enjoada. O mar estava bastante mexido, mas a água estava uma delícia. Enquanto a gente estava no mar era uma delícia, mas quando voltava para o barco acabamos passando mal”.
“Eu não tive problemas ao nadar a noite, a primeira vez que eu fiz uma prova foi em Ilhabela, em um XTERRA noturno. Na minha primeira caída consegui ver os plânctons a noite, mas isso não me impediu em nada. No barco, eu acabei passando mal, eu não consegui suplementar muito, mas não me afetou muito. Vi o dia amanhecer nadando, quando eu olhei para trás o céu estava maravilhoso. A nossa travessia foi linda”, finalizou Allyne.
Veja aqui a chegada dos atletas:
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A Travessia do Leme ao Pontal é uma oportunidade para que nadadores apaixonados por ultramaratonas aquáticas possam contemplar as belezas naturais da cidade do Rio de Janeiro. A Travessia possui cerca de 35 km na sua distância mais curta.
A Leme to Pontal Swimming Association tem como função orientar os atletas e realizar todo o procedimento burocrático, bem como organizar, mediante o pagamento das despesas correspondentes, os meios humanos e materiais para que os nadadores possam concluir o Desafio com total segurança. Para mais detalhes sobre a prova clique aqui.